Nasceu há 138 anos

Aquilino Ribeiro, nascido a 13 de Setembro de 1885, foi o mais fecundo escritor da primeira metade do século XX. Mestre Aquilino legou-nos uma inigualável prosa, uma linguagem e uma estética que urge revisitar. É uma referência literária, um exemplo da participação cívica e um escritor a que não cansa voltar.

Quando os lobos uivam no poder, recordar o carbonário é um ato gratidão republicana.

Comentários

Manuel M Pinto disse…
… «A meia grosa de livros que escrevi foram de facto para mim, em tanto que obra de criação e exalçamento, como igual número de vinhas que plantasse. Nesta faina exaustiva tive de desatender à vida de relações, não cultivar como devia a amizade, remeter os meus à vis própria quando poderia com um pouco de arte, salamaleque, e o "quantum satis" da desvergonha cívica nacional, consagrada e triunfante, guindá-los a ministros ou banqueiros. Permiti ainda, levado na minha obsessão, que os gatunos oficiais e de mister me metessem as mãos nas algibeiras, os pirangas me ludibriassem, e toda a canzoada humana me ladrasse impunemente. Numa palavra, a vida utilitária, o arranjinho, a conveniência mundana nunca me roubaram um minuto de labor. Valeu a pena toda esta existência de sacrifício, de que ninguém se apercebeu, que ninguém me agradece, de que aliás ninguém me encomendou o sermão? Em minha consciência não sei responder.»...
Excerto da dedicatória do livro "Quando os Lobos Uivam" ao Dr. Francisco Pulido Valente, datada de Dezembro de 1958.

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