M. – O PR 37 – Marques Mendes e Lobo Xavier, vuvuzelas do PR
Engana-se quem julga que M. – O PR teria levado para o
Conselho de Estado, para os proteger de eventuais devassas aos negócios
privados, os dois biltres que aí abrigou.
M. – O PR, ao incluir dois alcoviteiros, entre as pessoas de
bem que convidou, não quis protegê-los com prerrogativas superiores às dos
deputados, vislumbrou a forma subtil de servir publicamente a vichyssoise que
ele próprio confeciona.
M. – O PR transformou o órgão de aconselhamento pessoal em
câmara de eco das suas intrigas e base de lançamento de mísseis contra os
adversários, e a confidencialidade em geometria variável dos seus desejos.
M. – O PR resguarda-se da autoria da violação do segredo a
que é obrigado, e tem dois suspeitos no órgão que devassou com convidados alheios,
não sujeitos a segredo.
M. – O PR convoca o Conselho de Estado para quando decide fazer-se
ouvir.
Da última vez que organizou o espetáculo, secreto por
natureza constitucional, apareceu no Expresso, órgão oficioso de M. – O PR, a
notícia do alegado silêncio do PM perante os ataques adrede preparados, e que, face
ao silêncio, o PR ficou a falar sozinho.
Não se queixando a vítima, alguém se encarregou da defesa da
honra do algoz. Foi este que credibilizou as vuvuzelas, satisfeito por o PM dizer
que nada tinha contra o PR.
Como não se defendeu a vítima, atacaram-na os dois
comentadores, “anormalidade”, diz Mendes, “inaceitável”, acusa Lobo Xavier.
Não podendo M. – O PR dilacerar a vítima, acirram-se as suas vuvuzelas contra ela.
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