Ilusões, mentiras e utopias
Pensar que é pagável a dívida que não para de crescer, nem com os juros mais baixos de sempre, combustíveis a preços irrepetíveis e depreciação do euro, é ilusão, tão perigosa como imaginar que o crescimento económico irá disparar para a casa dos dois dígitos.
Há quem não se dê conta de que a dívida se tem alimentado do aumento de empréstimos e da mentira que especuladores e devedores gerem com profissionais especializados em propaganda, elevando o esquema da D. Branca à categoria de ciência económica.
Portugal, à semelhança de Espanha, Grécia, Chipre, Itália, Irlanda e muitos outros, não consegue sair da espiral suicida em condições irrepetíveis. Como o poderá fazer quando os combustíveis recomeçarem a subir e a dívida for ainda maior?
A crise financeira de 2008, repercutida na falência do Lehman Brothers, cujas ondas de choque se refletiram nos campos económico, social e político, foi uma crise do sistema capitalista que ninguém sabe se foi já a última. A crença na sua superação baseia-se na utopia do infindo crescimento económico e é o paliativo da violência que fermenta, à espera de uma explosão incontrolável.
O comunismo implodiu, o capitalismo explode e a legião de pobres não parará de criar cada vez mais ricos, em número cada vez menor, sem que apareça um novo paradigma para um futuro sustentável.
Falta ao Planeta resiliência para todos os ataques de que tem sido alvo. Quase oito mil milhões de habitantes, com previsões de estabilização em dez mil milhões, em 2020, com mares a morrerem, o solo arável a minguar, a água potável a desaparecer e o ar a tornar-se irrespirável, não se vislumbra futuro para os que já aí estão à espera de sobreviver.
Que fazer?
Há quem não se dê conta de que a dívida se tem alimentado do aumento de empréstimos e da mentira que especuladores e devedores gerem com profissionais especializados em propaganda, elevando o esquema da D. Branca à categoria de ciência económica.
Portugal, à semelhança de Espanha, Grécia, Chipre, Itália, Irlanda e muitos outros, não consegue sair da espiral suicida em condições irrepetíveis. Como o poderá fazer quando os combustíveis recomeçarem a subir e a dívida for ainda maior?
A crise financeira de 2008, repercutida na falência do Lehman Brothers, cujas ondas de choque se refletiram nos campos económico, social e político, foi uma crise do sistema capitalista que ninguém sabe se foi já a última. A crença na sua superação baseia-se na utopia do infindo crescimento económico e é o paliativo da violência que fermenta, à espera de uma explosão incontrolável.
O comunismo implodiu, o capitalismo explode e a legião de pobres não parará de criar cada vez mais ricos, em número cada vez menor, sem que apareça um novo paradigma para um futuro sustentável.
Falta ao Planeta resiliência para todos os ataques de que tem sido alvo. Quase oito mil milhões de habitantes, com previsões de estabilização em dez mil milhões, em 2020, com mares a morrerem, o solo arável a minguar, a água potável a desaparecer e o ar a tornar-se irrespirável, não se vislumbra futuro para os que já aí estão à espera de sobreviver.
Que fazer?
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
Um dos males que nos assiste é o de pensarmos que o problema do desemprego se comporá com o crescimento económico. Agora, que a produtividade das empresas atingiu valores pornográficos, a economia até pode vir a registar aumentos de crescimento de 2,3, 4%, mas o desemprego continuará a manter-se nos valores atuais...
Um indício bem gritante desta realidade vimos anteontem quando nos mostraram a chegada de um super-porta-contentores (o maior do mundo, dizia o locutor) a Sines. 19.000 contentores, 20 vezes maior que o maior desses navios matriculado em Portugal...
Não havia necessidade zzzz... de construir uma coisa assim zzzz...
Em breve teremos um TGV de bitola europeia para transportar aqueles caixotes todos a 250 Km/h para a França e Alemanha... e o visionário preso 44 continua na choça...
Não havia necessidade zzzz