As eleições que aí vêm

O ruído introduzido pelas eleições presidenciais torna-se insuportável para quem deseja, nas legislativas, julgar esta maioria, este Governo e este PR, largamente protegidos pelo controlo da comunicação social e infiltração, nas redes virtuais, de agitadores treinados nas madraças da direita e com experiência na campanha que de Passos Coelho fez PM.

A esquerda, dilacerada pela legítima disputa eleitoral, constitui um trunfo acrescido para a minoritária direita, confiscada pela sua ala radical. E, se não bastassem as malfeitorias desta direita da direita, a eleição presidencial ameaça quem se opõe à pior maioria, ao pior Governo e ao pior PR do regime democrático, com um duelo que fará sangrar quem pretende para o país um novo rumo e, na direita, a derrota dos extremistas liberais.

É inevitável a crispação entre as candidaturas de Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém e o aproveitamento da direita num terreno onde já tinha posto a sua lebre, Henrique Neto,  a fazer ruído.

O meu candidato é o primeiro mas ninguém me verá criticar a outra candidatura  porque numa segunda volta prefiro engolir uma rã a digerir um sapo que a direita nos sirva.

Apostila – A mais antidemocrática expressão que é usada na guerrilha eleitoral é a de «partidos do arco do poder», como se houvesse partidos predestinados à governação e os ostracizados, numa manifestação de desrespeito pela democracia política, a única, aliás, que respeito e defendo.

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