As vacas sagradas...
Até aqui foram Teodora Cardoso e Carlos Costa. A primeira como presidente do
Conselho de Finanças Públicas e o segundo como
Governador do Banco de Portugal.
São praticamente
inamovíveis. Qualquer gesto, qualquer comentário, qualquer burburinho, suscita logo que caia o Carmo e a Trindade. Devemo-lhes tudo e
estamos 'obrigados' por começar uma laudatória cascata
de louvaminhar das suas inexcedíveis competências e
exaltar publica e repetidamente a sua independência (política?,
profissional ?, técnica?).
Tudo lhes é
devido mesmo que a realidade vá demonstrando erros,
negligências e diletantismo.
Quer Teodora Cardoso, quer Carlos
Costa, têm passeado nas margens destas 'eventualidades' nos
seus domínios estritos. O defeito estará na realidade
que não se quer 'adaptar' às previsões e acções
dos titulares, como seria desejável para os lídimos defensores
da sua eternização nos cargos.
A mais recente 'vaca
sagrada' é a PGR, Joana Marques Vidal. Hoje, na última
página do Jornal Público, João Miguel Tavares proclama: “Não toquem em Joana Marques Vidal!".
Terá sido o(a)
'único(a)' ocupante do Palácio à Rua da Escola
Politécnica que exibiu 'competência' e 'independência'
nestas funções.
Não haverá mais ninguém
na magistratura capaz de conciliar estas qualidades.
Há, contudo, um
pequeno denominador comum (pormenor) que se mantém fora das análises
políticas e distante do barulho mediático: Todas estas
'personalidades' ocupam, no presente, cargos de nomeação
oriunda de um Governo de Direita. Quererá isto dizer algo
sobre as razões de inamovibilidade?
De resto, a única
coisa que constato é: os cemitérios estão pejados de
pessoas insubstituíveis!...
Comentários