Deutsche Uber Alles, Portugal à Frente, America First


Há no simplismo dos slogans o apelo à irracionalidade de quem abdica da inteligência e troca a razão pelas emoções.

Os slogans em epígrafe foram o início de duas tragédias à escala planetária e, o do meio, de um desastre local.

Do primeiro, sabem-se as dezenas de milhões de mortos e estropiados que provocou, a chacina que varreu o mundo e terminou no holocausto nuclear de Nagasaki e Hiroxima, passando pelos fornos crematórios, destruição, caos e miséria de países e povos.

O último está na origem das tragédias que se avizinham, depois de um ano a prepará-las e das já consumadas. O racismo, a xenofobia e o extremismo ideológico desestruturam a sociedade e aprofundaram o abismo entre pobres e ricos, enquanto alimentaram novas guerras e velhos ressentimentos na espiral de demência bélica que ameaça o Planeta.

Depois dos ataques a um módico de apoio aos americanos mais pobres, da perseguição às minorias étnicas, da erosão ética da sociedade, do ataque a instituições internacionais, do desprezo pelo aquecimento global, ambiente e recursos vitais, estimulam-se guerras e reacendem-se ódios na trágica afirmação do líder do país mais poderoso do Planeta e da sua implacável insensatez.

No primeiro aniversário da posse do mais poderoso líder mundial e no início do ano 2 dT, não há razões para comemorar. Já assistimos ao pior que podíamos imaginar e teme-se pior ainda pelo que é capaz.

Comentários

e-pá! disse…
CE:

Tinha (no prelo...!) umas genéricas considerações sobre o primeiro ano da Administração Trump que, apesar deste teu excelente post, resolvi publicá-lo.
Julgo que abre a discussão deste tema que, no meu entendimento, entrou no debate público.
E-pá:

E fizeste muito bem.

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