A associação de capadores

Com a indulgência do Tribunal Constitucional, após uma primeira lista de assinaturas falsas, a escória do fascismo, pior do que ser legalizada, ingressou na AR, e tornou-se o instrumento de perturbação democrática e da normalização de aberrantes propostas que atentam gravemente contra a CRP, a decência e os direitos humanos.

A associação de medíocres pensadores e execráveis cidadãos passou a ser a voz que os média ampliaram, a apelar aos instintos primários e ao ressentimento dos nostálgicos da ditadura e de indivíduos amorais.

Os odiosos répteis vêm da antiguidade onde a castração dos servos, em haréns, produzia eunucos, acautelando a paternidade dos senhores, ou inspiram-se na piedosa tradição de conservar vozes líricas dos meninos, para a divina satisfação, na remoção dos testículos que produzia sopraninos (castrati).

Quanto à castração das mulheres, talvez seja a demência mutiladora da misoginia que os move na proposta da histerectomia radical como punição.

Há na discussão destas matérias, numa assembleia de gente amoral e perigosa, um odor a gás que nos remete para horrores do Holocausto, que provoca o sobressalto cívico que nos acorda para a maldade de que são capazes os que discutem sem emoção a mutilação sexual, semelhante à execrável prática da excisão do clitóris, como tradição tribal e em contexto islâmico.

Esta associação, por mais legal e impune que se sinta, é uma ofensa à civilização e aos direitos humanos, uma agremiação de malfeitores à solta.

São execráveis.

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