Notas soltas - Fevereiro/2005
Iraque - As eleições, apesar de anómalas, foram uma vitória de Bush, mas o ayatollah Ali al Sistani vai exigir o fim da ocupação e adiar a democracia. O clérigo xiita, da democracia, só conhece o Corão e o exemplo iraniano.
Campanha eleitoral – Santana Lopes será recordado como uma espécie de Átila que arrasou o Governo, o PSD e a decência. Por questão de assepsia, os barões faltaram à chamada e abandonaram-no na campanha e na hecatombe eleitoral.
Nobre Guedes - O ministro do Ambiente incitou a população de Coimbra a barrar a entrada de Sócrates na cidade. Quem diria que entre a esquerda mais extrema e a direita mais arqueológica há afinidades e coincidências insuspeitáveis!?
Médio Oriente - Há nos processos de paz na Terra Santa uma trágica maldição que os conduz ao fracasso. Saúde-se a última trégua. Depois de dez fracassos, Israel e a Palestina bem merecem o cessar-fogo e o fim da Intifada.
Padre Lereno - Tal como os mullahs islâmicos, o pároco da Igreja de S. João de Brito, em Lisboa, deu indicação explícita de voto aos fiéis, durante uma homilia. Há penas de prisão e multa para o crime, mas só a derrota eleitoral o castigou.
Manuel Monteiro – Nem o país é tão reaccionário como pensa, nem faz a falta que julga, nem tem o futuro que imagina. Ainda vem longe a convulsão que altere de forma radical o espectro eleitoral. Desapareceu em campanha.
Fátima – A morte da Irmã Lúcia comoveu os católicos. O aproveitamento político e a declaração de luto nacional foram actos indignos de um país laico, que não beneficiam a religião nem prestigiam as instituições democráticas.
Resultados eleitorais – A retumbante vitória da esquerda, com especial destaque para Sócrates e o PS, e a confrangedora derrota do PPD e do CDS arruinaram o projecto populista e demagógico que estava em marcha.
Jorge Sampaio – Foi um dos grandes vencedores. Depois de ter despedido o governo, por incompetência, salvou-o da retaliação enraivecida o sufrágio dos eleitores que referendaram nas urnas a bondade da decisão.
António Guterres – Após três anos de ataques constantes, dentro e fora do PS, assistiu à vitória esmagadora do candidato que sempre assumiu a sua herança. Afinal, a fuga de que se falou foi um acto de dignidade e de desapego ao poder.
Paulo Portas – Foi civilizado e arguto a assumir a derrota. Pediu a Deus que lhe «fizesse ver o tempo em que devia sair» - segundo declarou. Pena foi que não se tivesse aconselhado antes de entrar.
Durão Barroso – Foi ele e o seu Governo que foram severamente derrotados – o péssimo desempenho, a deserção para Bruxelas, a imposição de Santana e a participação na campanha, como Presidente da UE.
PSD – As personalidades que desertaram, por horror a Santana Lopes, têm agora a tarefa de proceder a uma enorme desinfecção para que o PSD volte a ser um local bem frequentado, com sentido de Estado e capaz de ser alternativa ao PS.
PCP – Mudou de líder, disputou eleições, aumentou a votação e a representação parlamentar. Ao passar para terceiro maior partido, humilhou o CDS e consolidou a liderança de Jerónimo de Sousa.
Bloco de Esquerda – Ficou a menos de 1% dos eleitores do CDS, passou de 3 para 8 deputados, atingiu uma honrosa dimensão parlamentar e averbou um retumbante sucesso.
Espanha – A vitória expressiva do SIM, no referendo à Constituição Europeia, apesar da abstenção acentuada, mostra a firmeza e determinação dos espanhóis na construção e aprofundamento da União Europeia.
Marques Mendes – Após o naufrágio eleitoral, avançou para a liderança do PSD. Foi dos poucos que se opôs à indigitação de Santana Lopes para primeiro-ministro e o único com coragem para contestar a unanimidade do Conselho Nacional que o ungiu.
Sondagens – As empresas são cada vez mais fiáveis. Face aos resultados, a PSL, que tanto demorou a perceber a dimensão da derrota, resta-lhe processar o eleitorado pela forma como votou.
Nuno Álvares Pereira – Como previsto pelas Notas Soltas, não demorou a fazer milagres. A cura do olho esquerdo, queimado com óleo fervente, (inexplicável, segundo a Igreja), fez de uma mulher de Ourém o veículo para a sua canonização.
João Paulo II – A lenta e dolorosa agonia do Papa confrange e choca as pessoas sensíveis. Quem exibe e explora o martírio de um papa moribundo não pode sentir piedade pelo calvário do seu Deus.
RTP-1 – No regresso aos comentários, Marcelo não perdeu tempo a promover a candidatura de Cavaco à Presidência, em detrimento de Guterres. No canal público há regras de isenção e obrigações de pluralismo constitucionalmente consagradas.
Monumento ao 25 de Abril em Almeida – As explicações do IPPAR tardam. A comissão saberá tirar ilações e prestará contas ao povo de Almeida.
Campanha eleitoral – Santana Lopes será recordado como uma espécie de Átila que arrasou o Governo, o PSD e a decência. Por questão de assepsia, os barões faltaram à chamada e abandonaram-no na campanha e na hecatombe eleitoral.
Nobre Guedes - O ministro do Ambiente incitou a população de Coimbra a barrar a entrada de Sócrates na cidade. Quem diria que entre a esquerda mais extrema e a direita mais arqueológica há afinidades e coincidências insuspeitáveis!?
Médio Oriente - Há nos processos de paz na Terra Santa uma trágica maldição que os conduz ao fracasso. Saúde-se a última trégua. Depois de dez fracassos, Israel e a Palestina bem merecem o cessar-fogo e o fim da Intifada.
Padre Lereno - Tal como os mullahs islâmicos, o pároco da Igreja de S. João de Brito, em Lisboa, deu indicação explícita de voto aos fiéis, durante uma homilia. Há penas de prisão e multa para o crime, mas só a derrota eleitoral o castigou.
Manuel Monteiro – Nem o país é tão reaccionário como pensa, nem faz a falta que julga, nem tem o futuro que imagina. Ainda vem longe a convulsão que altere de forma radical o espectro eleitoral. Desapareceu em campanha.
Fátima – A morte da Irmã Lúcia comoveu os católicos. O aproveitamento político e a declaração de luto nacional foram actos indignos de um país laico, que não beneficiam a religião nem prestigiam as instituições democráticas.
Resultados eleitorais – A retumbante vitória da esquerda, com especial destaque para Sócrates e o PS, e a confrangedora derrota do PPD e do CDS arruinaram o projecto populista e demagógico que estava em marcha.
Jorge Sampaio – Foi um dos grandes vencedores. Depois de ter despedido o governo, por incompetência, salvou-o da retaliação enraivecida o sufrágio dos eleitores que referendaram nas urnas a bondade da decisão.
António Guterres – Após três anos de ataques constantes, dentro e fora do PS, assistiu à vitória esmagadora do candidato que sempre assumiu a sua herança. Afinal, a fuga de que se falou foi um acto de dignidade e de desapego ao poder.
Paulo Portas – Foi civilizado e arguto a assumir a derrota. Pediu a Deus que lhe «fizesse ver o tempo em que devia sair» - segundo declarou. Pena foi que não se tivesse aconselhado antes de entrar.
Durão Barroso – Foi ele e o seu Governo que foram severamente derrotados – o péssimo desempenho, a deserção para Bruxelas, a imposição de Santana e a participação na campanha, como Presidente da UE.
PSD – As personalidades que desertaram, por horror a Santana Lopes, têm agora a tarefa de proceder a uma enorme desinfecção para que o PSD volte a ser um local bem frequentado, com sentido de Estado e capaz de ser alternativa ao PS.
PCP – Mudou de líder, disputou eleições, aumentou a votação e a representação parlamentar. Ao passar para terceiro maior partido, humilhou o CDS e consolidou a liderança de Jerónimo de Sousa.
Bloco de Esquerda – Ficou a menos de 1% dos eleitores do CDS, passou de 3 para 8 deputados, atingiu uma honrosa dimensão parlamentar e averbou um retumbante sucesso.
Espanha – A vitória expressiva do SIM, no referendo à Constituição Europeia, apesar da abstenção acentuada, mostra a firmeza e determinação dos espanhóis na construção e aprofundamento da União Europeia.
Marques Mendes – Após o naufrágio eleitoral, avançou para a liderança do PSD. Foi dos poucos que se opôs à indigitação de Santana Lopes para primeiro-ministro e o único com coragem para contestar a unanimidade do Conselho Nacional que o ungiu.
Sondagens – As empresas são cada vez mais fiáveis. Face aos resultados, a PSL, que tanto demorou a perceber a dimensão da derrota, resta-lhe processar o eleitorado pela forma como votou.
Nuno Álvares Pereira – Como previsto pelas Notas Soltas, não demorou a fazer milagres. A cura do olho esquerdo, queimado com óleo fervente, (inexplicável, segundo a Igreja), fez de uma mulher de Ourém o veículo para a sua canonização.
João Paulo II – A lenta e dolorosa agonia do Papa confrange e choca as pessoas sensíveis. Quem exibe e explora o martírio de um papa moribundo não pode sentir piedade pelo calvário do seu Deus.
RTP-1 – No regresso aos comentários, Marcelo não perdeu tempo a promover a candidatura de Cavaco à Presidência, em detrimento de Guterres. No canal público há regras de isenção e obrigações de pluralismo constitucionalmente consagradas.
Monumento ao 25 de Abril em Almeida – As explicações do IPPAR tardam. A comissão saberá tirar ilações e prestará contas ao povo de Almeida.
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