Perigosos são os cavaquistas
Um membro da Comissão de Honra de Cavaco Silva Divirto-me com a linguagem desbragada de Vasco Graça Moura (VGM). Por isso, aturo-lhe os desmandos, as contradições e as diatribes. Suporto-lhe a catilinária. VGM é um homem culto e inteligente, um poeta interessante e um prosador dotado. Não se lhe pode exigir bom senso, discernimento político e continência verbal, qualidades que seriam excessivas para o fogoso plumitivo. Quem não compreendeu as razões da derrota do PSD nas eleições legislativas de 1995 e 2005 pouco pode compreender de política. Regozija-se com os conflitos sociais quando o PS é poder e amofina-se nos turnos do PSD. O sentido de Estado de quem foi ajudante de ministro e é eurodeputado devia preservá-lo da incoerência. Quanto à linguagem é uma questão de estilo e uma imagem de marca. V.G.M. era o último almocreve do cavaquismo. Antigo ajudante de ministro foi a única luminária ao serviço do precário presidente do PSD, Durão Barroso, e seu solitário panegirista na ânsia de