Espoliados dos «Certificados de Aforro» uni-vos…
Anda aí uma grande gritaria por causa da taxa remuneratória dos certificados de Aforro. Os adversários de António Costa no PS, o PR e o alter ego Marques Mendes, os partidos da direita e os de esquerda não se conformam com o facto de o Governo ter substituído a série E (0/3,5% ilíquidos) pela série F (0/2,5% ilíquidos).
Qualquer demagogo pode pedir ‘esforçozinho’ aos Bancos para
remunerarem melhor os depósitos, não lhe faltará a pungência de um Marques
Mendes a dizer contristado que as pessoas ficam com impressão de que a redução
transmite «imagem de subserviência aos bancos», o que o demagogo lamenta, como
se gostasse do Governo.
Os «Certificados de Aforro» funcionam como depósitos à ordem
depois de imobilizados durante um trimestre. São financiamento do Estado que qualquer
pessoa maior de idade pode subscrever até ao limite máximo fixado, com
reembolso garantido.
A Dr.ª Ana Gomes, oriunda da madraça do MRPP, há muito
estacionada no PS, entende que o Governo do seu partido «arrasa a classe média»
ao baixar os juros que paga pelos empréstimos que contrai. Deixemos o uso do
verbo arrasar para sinónimo obrigatório da luta política contra o Governo de
António Costa, diariamente ‘arrasado’ por M. – O PR.
O que está em causa é a descida da remuneração máxima líquida
de 2,52% da série que terminou para 1,95% da que ora está à venda, mantendo-se
a taxa mínima de 0%, e a referência à taxa Euribor, alheia ao Estado português,
a que estão indexadas as séries referidas.
Podendo o Governo financiar-se a juros menores, é o caso, que
legitimidade lhe assiste para remunerar com os impostos de todos os depósitos
de alguns?
Peça-se o aumento do imposto sobre lucros dos Bancos, não obriguem
o Estado a pagar mais do que precisa. Não é racional nem ético.
Apostila – A remuneração líquida dos CF calcula-se deduzindo
28% de imposto ao juro ilíquido de qualquer depósito.
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