M. – O PR (24) O conspirador
M. – O PR não governa, mas procura desafiar o PM e manter o Governo sob pressão. Ressentido por nunca ter sido eleito para um cargo executivo, transformou o último 10 de junho, Dia de Portugal, em degradante espetáculo de tiro ao Governo.
M. – O PR, mestre da dissimulação e da perfídia, esperou
Galamba e gozou com o PM, indiferente ao desprestígio próprio e da instituição
que representa.
João Galamba tinha sido convidado há meses para o Dia de
Portugal pela Comunidade Intermunicipal do Douro e esperou-o o enxovalho. Podia
pensar-se que M. – O PR fora surpreendido, e o convite, feito há meses, tinha
sido formulado por intermédio da PR.
M. – O PR, semeador de cenários e de perfídias, há de ter
gozado a ouvir a IL, o defunto CDS e comentadores fiéis a qualificarem a
presença de Galamba como provocação ao PR, sem ter a decência de os desmentir.
M. – O PR, em declarações aos jornalistas, em Braga, manifestou-se
“surpreendido” pelo comunicado em que o Governo Regional da Madeira alegou não
ter sido convidado para as cerimónias do Dia de Portugal em Londres, onde há
muitos madeirenses, atitude qualificada de “provocação aos órgãos de governo
próprio da região”. Segundo a linguagem hoje habitual, um deles mentiu, e, dada
a experiência, é fácil imaginar quem.
M. – O PR não disfarça a pressa de criar condições para
levar ao poder a direita, aliada à extrema-direita. Teme não ter tempo para
desgastar suficientemente o Governo de modo a assegurar a vitória de que é
artífice, antes de dissolver a AR.
Não se iluda quem espera de M. – O PR um módico de sentido
de Estado. Prepara há muito a vichyssoise para o PM, indiferente ao
futuro do país. É tempo de ser avaliado com isenção na pertinaz intromissão nas
funções do Executivo.
M. – O PR não respeita a CRP, de que é garante, que jurou
cumprir e fazer cumprir, Não a respeitou quando a AR aprovou uma lei que
aumentava despesas do OE (violação da lei travão) que seria chumbada por
unanimidade no TC; na convocação do Conselho de Estado para julho, para fazer o
«ponto de situação (...) sobre a evolução da economia, sobre a situação social
e sobre a situação política», quando só pode reuni-lo para assuntos da sua
competência (não é o caso); na promulgação de leis e decretos-lei “sob reservas”,
uma inovação ao nível de um comentador sem tino.
Com as previsões do crescimento económico a continuarem revistas
em alta, com o PS e o PSD em queda nas sondagens, M. – O PR, principal
responsável, conseguiu que o eleitorado esquecesse Passos Coelho e já o deseje
para a aliança que gostaria de entregar a Carlos Moedas.
Quando se julgava que não nos poderia calhar um PR pior do
que Cavaco, M. – O PR conseguiu com a sua inteligência e cultura ultrapassá-lo
na intriga e perversidade.
Não prevendo a CRP a possibilidade da sua destituição, só a opinião pública pode travar M. – O PR, escravo do narcisismo que o devora e com que destrói o País.
Comentários