COIMBRA - O metro é uma miragem?
Carlos Encarnação, edil de Coimbra por obra e graça do PSD e de uns apêndices do CDS e do PPM, lamenta que o Governo «ainda não tenha apresentado projecto para o metro».Sobre a necessidade do metro e da revolução dos transportes urbanos que representaria, não tenho dúvida. Sou solidário com Carlos Encarnação no desejo de ver a cidade com um meio de transporte eficaz, menos poluente e factor de desenvolvimento das áreas suburbanas e da própria cidade.
O que surpreende é que o lamento venha de quem dizia fazer depender da construção do metro a sua recandidatura. O que me espanta é que os Governos que ele apoiou nada tenham feito para o lançamento da obra. O que me abisma é que se tenha procedido a expropriações sem estar assegurado o projecto.
Agora compreendo um seu antigo vereador quando afirmou que, como presidente da Câmara, Carlos Encarnação é um excelente relações públicas. Certamente enquanto espera as eleições para o Parlamento Europeu.
Comentários
Coimbra não tem ninguém no Governo a puxar por ela. Quem se lembrará do Metro de Coimbra nos Conselhos de Ministros?
Mas, pelos vistos, já se lembram de Coimbra para ajudar a equilibrar o défice.
Veja-se o que se passa com o Pediátrico. É caso para dizer: "as crianças que paguem o défice!"...
É pena uma Cidade como esta não gerar nos últimos tempos actores políticos da cena nacional, para não dizer internacional. Políticos com letra grande, porque também os há.
Há que reconhecer que a Cidade do Mondego já não tem o peso político de outros tempos.
Mas ainda vai a tempo de o recuperar, assim não lhe falte a arte e o engenho.
Segundo o Professor Cavaco, até um analfabeto sabe mais!...
quem acertar no autor desta frase ganha uma viagem ao centro da terra
O presidente da Câmara de Santa Comba Dão quer reabilitar o nome como marca.
Há gente assim.
Como não tinha a certeza se outros conseguiriam tomar tão bem conta do país, aguentou-se por lá até um dia cair da cadeira.
Se não fosse ele (com a ajudinha dos aliados), Portugal tinha entrado não para a União Europeia mas antes para a União Soviética, possivelmente como província (dominante?) ibérica.
Eis dois pontos em comum com Soares: servir o país até morrer e salvar o país do império comunista.
E ainda um terceiro: ambos têm as mãos manchadas do sangue ingloriamente derramado em África, ainda que Soares as tenha tentado lavar com a entrada na CEE.
E um quarto: ambos Políticos, não em part-time, porque actores da história política do nosso país.
Dos amadores não reza a história...