Turquia e dilemas europeus
A Turquia é o cordão sanitário de que a Europa carece para se defender da demência do fascismo islâmico e que os europeus teimam em manter do lado de fora.
É difícil convencer os guardiões da nossa segurança a conter os inimigos quando lhes recusamos o convívio e os obrigamos a viver com eles.
A entrada da Turquia na União Europeia cria dificuldades. A história, a cultura e os costumes separam-nos, mas serão maiores os problemas se persistirmos em manter a guarda pretoriana fora das fronteiras cuja defesa lhe confiamos.
Há na Europa rica, desenvolvida e sofisticada um egoísmo exacerbado, uma indiferença cruel perante a miséria que a rodeia, um racismo larvar pelos que nos invadem à procura da sobrevivência.
A dificuldade de converter a Inglaterra ao europeísmo, a relação de amor/ódio com os EUA e a lepra dos nacionalismos, fazem da Europa um gigante sem agilidade, incapaz de aprofundar a unidade respeitando a diversidade dos seus povos.
A Europa é já um espinho cravado na garganta dos nacionalismos, mas não consegue ainda federar Estados, defender o laicismo e integrar a economia e a segurança social.
E a Europa só se tornará uma potência se tiver uma política externa coerente e dispuser de meios militares e policiais unificados.
Carlos Esperança
É difícil convencer os guardiões da nossa segurança a conter os inimigos quando lhes recusamos o convívio e os obrigamos a viver com eles.
A entrada da Turquia na União Europeia cria dificuldades. A história, a cultura e os costumes separam-nos, mas serão maiores os problemas se persistirmos em manter a guarda pretoriana fora das fronteiras cuja defesa lhe confiamos.
Há na Europa rica, desenvolvida e sofisticada um egoísmo exacerbado, uma indiferença cruel perante a miséria que a rodeia, um racismo larvar pelos que nos invadem à procura da sobrevivência.
A dificuldade de converter a Inglaterra ao europeísmo, a relação de amor/ódio com os EUA e a lepra dos nacionalismos, fazem da Europa um gigante sem agilidade, incapaz de aprofundar a unidade respeitando a diversidade dos seus povos.
A Europa é já um espinho cravado na garganta dos nacionalismos, mas não consegue ainda federar Estados, defender o laicismo e integrar a economia e a segurança social.
E a Europa só se tornará uma potência se tiver uma política externa coerente e dispuser de meios militares e policiais unificados.
Carlos Esperança
Comentários
A Europa podia ser mais que um mercado. Podia ser um exemplo para o Mundo. Leiam Jeremy Rifkin, "The European Dream".
Concordo que a Turquia deveria ser parte integrante desse sonho.
Um dia a UE tera de ter fronteiras, para alem das quais nao se alarga, logo, onde e' que ficam?
Sao as da UEFA (com Israel e Turquia mas sem Siria e Libano)?
Sao as historicamente definidas, ate' aos Urais, Caspio e Mar Negro.
As culturais, e sendo culturais quais? As religiosas (so'cristaos) ou ate onde alexandre o Grande foi, Persia (Irao) inculido.
Entra a Turquia e depois? Aceitaremos o Libano e Israel que ja fizeram os pedidos de adesao? Entra a palestina? Como ficam o Egipto, Marrocos, Tunisia, Libia, Argelia e Marrocos.