Escravatura sexual aumenta
Continuo a não ter sobre a legalização da prostituição uma posições definitiva. Sou dos que tenho dúvidas e várias vezes me engano mas tendo, cada vez mais, a aceitar o seu enquadramento legal.
Um artigo do Diário de Coimbra, de hoje, chama a atenção para a dimensão e gravidade do problema. Há dias soube-se do falecimento de uma prostituta de Viseu, com 32 anos, vítima da SIDA, com a população autóctone em estado de choque e centenas de pessoas em pânico.
A exploração da prostituição merece uma repressão severa mas seria de uma profunda miopia pensar que, por essa via, se extingue o flagelo. Lamentável é o silêncio que ainda rodeia uma indústria florescente à volta da qual brotam vários tipos de crimes.
Para já vejo alguns benefícios na regulamentação da actividade:
- maior controlo sanitário;
- melhor protecção às vítimas;
- mais eficaz combate ao proxenetismo;
- redução do risco de violência, violação e maus tratos.
Uma coisa é certa, não vale a pena ignorar o fenómeno. A hipocrisia, na boa tradição judaico-cristã, é a pior conduta perante o flagelo.
Comentários
A propósito, Amesterdão tem um bairro famoso que gera milhões em receitas turísticas.
Coimbra tem uma Rua Direita (e outras tantas...), mas não tem as receitas turísticas.
Será preciso um franchising do "red light"?...
As suas observações são pertinentes mas o problema maior, na minha opinião, é a saúde pública.
É que não é só legalizar.. depois é punir quem prevarica eficazmente...
Só que conhecendo este país, este é um problema sério, e quem o tentar resolver vai ter problemas.... daí que tudo assobie para o lado, e adiam-se as soluções para o dia de S. nunca à tarde....
Contaminam-se, contaminam, e em qualquer beira de estrada ali estão, naquela triste figura, e ninguém faz nada! É melhor fazer q não se vê o que acontece!