Racismo, Xenofobia, Economia social de mercado
A França está em chamas.
Os arredores de Lisboa têm problemas de desemprego e marginalidade.
A História deveria conduzir a Humanidade a aspirar a valores mais altos, mais dignos, mais civilizados.
Mas pouco se fala em valores, hoje.
Coesão social, inclusão, ecologia, respeito pelos direitos fundamentais - é como um canto de garça.
O discurso do pensamento único apenas nos apregoa com o PIB, a competitividade, a produtividade, a concorrência dos países asiáticos, a deslocalização de empresas. Com a nexessidade de reestruturar os quadros de pessoal - com a valorização da empresa através de um despedimento colectivo. Com os números frios e impessoais.
É um facto da economia global.
Não podemos "enfiar a cabeça na areia" e fingir que nada se passa e que os esquemas de funcionamento da economia e da sociedade dos países ricos - das verdadeiras sociais-democracias europeias - podem continuar imutáveis. É necessário fazer adaptações. É preciso dar um salto em frente em termos tecnológicos e de gestão dos recursos humanos.
Mas também não podemos "enfiar a cabeça na areia" e esquecer os nossos concidadãos que perdem o emprego, que abandonados nas periferias das grandes cidades recebem como exemplos apenas a violência, o lucro fácil e a raiva contra a sociedade.
A abandonada "Constituição europeia" propugnava por uma "Economia social de mercado". Os franceses e os holandeses - mestres da social-democracia avançada - acharam pouco. Tiveram medo. Apoucaram-se perante o desafio de sobhar mais alto, de sonhar à escala continental e planetária.
Mas é preciso recomeçar, educar, incentivar todos os concidadãos para um projecto inclusivo, de criação de emprego, de melhoria dos sistemas de apoio social, de educação e formação.
Pensemos nas mulheres negras ou brancas que hoje deixaram os filhos numa "ama" pelas 6h00 ou 6h30 da manhã para ir lavar umas escadas até às 10h, trabalar na cozinha de um restaurante até às 17h e ainda vão limpar uma casa de uma Senhora até às 20h.
A criança às 20h30 vai dormir - tem sono. Amanhã acorda às 5h30. Estas mulheres não vivem numa "economia social de mercado".
Louvo a Casa de Angola e a Casa Lusófona pelas iniciativas que têm vindo a organizar estas semanas no sentido de sensibilizar a comunidade para os problemas da imigração e do racismo - acções que se inserem na comemoração dos 30 anos da independência de Angola.
Parabéns ao Povo angolano pela independência! - símbolo da dignidade de um povo.
É tempo - agora - de dar a cada imigrante a dignidade que ele merece.
Os arredores de Lisboa têm problemas de desemprego e marginalidade.
A História deveria conduzir a Humanidade a aspirar a valores mais altos, mais dignos, mais civilizados.
Mas pouco se fala em valores, hoje.
Coesão social, inclusão, ecologia, respeito pelos direitos fundamentais - é como um canto de garça.
O discurso do pensamento único apenas nos apregoa com o PIB, a competitividade, a produtividade, a concorrência dos países asiáticos, a deslocalização de empresas. Com a nexessidade de reestruturar os quadros de pessoal - com a valorização da empresa através de um despedimento colectivo. Com os números frios e impessoais.
É um facto da economia global.
Não podemos "enfiar a cabeça na areia" e fingir que nada se passa e que os esquemas de funcionamento da economia e da sociedade dos países ricos - das verdadeiras sociais-democracias europeias - podem continuar imutáveis. É necessário fazer adaptações. É preciso dar um salto em frente em termos tecnológicos e de gestão dos recursos humanos.
Mas também não podemos "enfiar a cabeça na areia" e esquecer os nossos concidadãos que perdem o emprego, que abandonados nas periferias das grandes cidades recebem como exemplos apenas a violência, o lucro fácil e a raiva contra a sociedade.
A abandonada "Constituição europeia" propugnava por uma "Economia social de mercado". Os franceses e os holandeses - mestres da social-democracia avançada - acharam pouco. Tiveram medo. Apoucaram-se perante o desafio de sobhar mais alto, de sonhar à escala continental e planetária.
Mas é preciso recomeçar, educar, incentivar todos os concidadãos para um projecto inclusivo, de criação de emprego, de melhoria dos sistemas de apoio social, de educação e formação.
Pensemos nas mulheres negras ou brancas que hoje deixaram os filhos numa "ama" pelas 6h00 ou 6h30 da manhã para ir lavar umas escadas até às 10h, trabalar na cozinha de um restaurante até às 17h e ainda vão limpar uma casa de uma Senhora até às 20h.
A criança às 20h30 vai dormir - tem sono. Amanhã acorda às 5h30. Estas mulheres não vivem numa "economia social de mercado".
Louvo a Casa de Angola e a Casa Lusófona pelas iniciativas que têm vindo a organizar estas semanas no sentido de sensibilizar a comunidade para os problemas da imigração e do racismo - acções que se inserem na comemoração dos 30 anos da independência de Angola.
Parabéns ao Povo angolano pela independência! - símbolo da dignidade de um povo.
É tempo - agora - de dar a cada imigrante a dignidade que ele merece.
Comentários
O mundo não vai pelo bom caminho, e é tarde demais, parece-me.
AC
Esses arredores vão até onde?
Parabéns ao Povo angolano pela independência! - símbolo da dignidade de um povo.
É tempo - agora - de dar a cada imigrante a dignidade que ele merece.
Chamar-lhes a atenção para não andarem no gamanço e no trafico das ganzas.
Com a dignidade já adquirida de povo é altura de irem ajudar os manos lá em Angola a plantar e a semear o feijão eo milho.
Nada de tenis Nick pois la não são precisos, nem oculos de sol Rayban.