Joe Biden e Donald Trump

O debate entre o anterior e o atual presidente dos EUA foi um espetáculo deprimente entre um incapaz e um perigoso psicopata. Um já não serve e o outro assusta.

Seria um problema interno se não fosse a eleição do homem mais poderoso do país para o país mais poderoso do mundo, e acabar por ser relevante para todos os nós, europeus, sem que tenhamos direito a voto.

O espetáculo servido em direto revelou o perigo de obrigar o eleitorado a decidir entre um incapaz e outro capaz de tudo a A UE alinhou a sua política externa com o provável perdedor e não tem meios financeiros para a prosseguir sem os EUA.

O isolacionismo dos EUA para que a eleição de Trump remete deixa a Europa à deriva e já é tarde para substituir Trump na iminência de uma guerra entre a Nato e a Rússia para que aponta a escalada da guerra na Ucrânia.

É também por isso que o debate entre Trump e Biden não foi apenas uma desgraça, foi uma verdadeira tragédia. Para os EUA, para a Europa e, talvez, para o mundo.

Na derrocada da hegemonia americana é a sobrevivência do Planeta que está em jogo.


Comentários

JA disse…
Estou totalmente de acordo com o primeiro parágrafo do seu texto. Também concordo que a Europa escolheu mal ao aceitar uma guerra que só poderá destruí-la, em benefício exclusivo dos EUA. Deveria, desde o início, ter exercitado uma política externa própria, autónoma e escolher a via diplomática para ajudar a resolver o conflito. Ao contrário do senhor, entendo que o debate foi fundamental para esclarecer a opinião pública ocidental. A partir deste momento, não há mais desculpas para aceitar tudo o que vem do outro lado do atlântico. Há muito tempo que era notória a decrepitude de Biden, mostrando que não é o Presidente daquele grande país, qualquer que ele seja, que decide a sua política. Por isso é que se torna incompreensível o seguidismo acéfalo que os dirigentes da UE lhe dedicaram; António Costa incluído, para mal dos portugueses. Ainda é possível evitar a guerra, com uma opinião pública ocidental finalmente esclarecida que exija dos seus dirigentes que se responsabilizem por trabalhar a bem da Paz, contra o acirramento dos conflitos, como até aqui vêm fazendo. É possível um mundo melhor, sem hegemonias espúrias, onde todos os povos convivam no respeito pelas suas diferenças.
JA:

Obrigado pela sua pertinente reflexão.

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