A inacreditável facécia que pairou sobre o 10 de Junho…
Fundão, 10 jun (Lusa) - O Presidente da República apontou hoje a agricultura como um dos sectores que mais rapidamente pode ajudar o país a equilibrar a balança comercial, sublinhando a importância dos jovens regressarem à terra… link
Um apelo impressionante. De 1985 a 1995 (dez anos!) Cavaco Silva exerceu as mais altas responsabilidades governamentais. Durante esse período tanto a agricultura como as pescas sofreram impressionantes metamorfoses. O País foi inundado por rios de dinheiro proveniente de Bruxelas e, com o acordo do governo chefiado por Cavaco Silva, fomos pagos (comprados) para extinguir a agricultura e deixarmos de pescar. Pagos para deixar de produzir e o poder político, em troca de uns avultados patacos (estamos no tempo do escudo), aceitou, colaborou e, como não podia deixar de ser, comprometeu-se.
Um apelo impressionante. De 1985 a 1995 (dez anos!) Cavaco Silva exerceu as mais altas responsabilidades governamentais. Durante esse período tanto a agricultura como as pescas sofreram impressionantes metamorfoses. O País foi inundado por rios de dinheiro proveniente de Bruxelas e, com o acordo do governo chefiado por Cavaco Silva, fomos pagos (comprados) para extinguir a agricultura e deixarmos de pescar. Pagos para deixar de produzir e o poder político, em troca de uns avultados patacos (estamos no tempo do escudo), aceitou, colaborou e, como não podia deixar de ser, comprometeu-se.
Tornamo-nos consumidores das graciosas benesses europeias e viramos construtores de auto-estradas, intermediários de turismo, comerciantes de bens de consumo (importados) nas grandes superfícies, etc.
Entretanto, chegou a pesada factura a mostrar que as coisas não eram tão graciosas como julgávamos. Agora, somos mandados de volta à terra e para o mar. Como se o País fosse um bola de pingue-pongue. Uma década de um lado, outra do outro.
Com o País desestruturado, empobrecido, endividado e sem capacidade financeira para investir o mínimo que se esperaria era uma réstia de respeito pela nossa memória [colectiva].
Entretanto, chegou a pesada factura a mostrar que as coisas não eram tão graciosas como julgávamos. Agora, somos mandados de volta à terra e para o mar. Como se o País fosse um bola de pingue-pongue. Uma década de um lado, outra do outro.
Com o País desestruturado, empobrecido, endividado e sem capacidade financeira para investir o mínimo que se esperaria era uma réstia de respeito pela nossa memória [colectiva].
Na realidade, as comemorações do 10 de Junho acabaram por mostrar Cavaco Silva com uma inquietante amnésia e/ou uma inacreditável desfaçatez...
Comentários
Aqui vai um desabafo meu em poesia que eu escrevi em 2001.
O 10 de Junho,já foi Dia da Raça/
mas diz-se que é o Dia de Camões/
pois a raça é de duvidosa traça/
lusos e portugueses téem opiniões/
divergentes,e p'ra disfarçar a pirraça/
e desfazer prejudiciais confusões/
alguém resolveu que se devia afinal
chamar ao 10 de Junho Dia de Portugal.
Será que do sangue árabe,judeu, romano/que p'la vida fóra se caldeou em Portugal/resultou um Homo Sapiens muito especial/
a quem alguns ainda chamam lusitano?!
Como sou natural de Boliqueime, terra natal de Cavaco,qui vai mais um desabafo meu em poesia.
De Boliqueime também sou eu,
mas não alinho com Cavaco,
sou filho da Plebe,sou plebeu,
sou um algarvio de pataco.
Um mau hálito invade o país quando este senhor fala.
http://blog-do-manel.blogspot.com/2011/05/o-cara-de-pau.html