Eleições autárquicas – último dia de campanha

Hoje chega ao fim a pouco estimulante campanha autárquica, onde minguam propostas e sobram promessas, onde campanhas negras e ruído se sobrepõem ao debate de ideias, com promessas que custariam várias vezes o PIB nacional, enfim uma desilusão.

Transformadas numa primeira volta das próximas legislativas, a competição partidária ultrapassou com frequência a ética e a decência, com os partidos da oposição em cada concelho, todos, a prometerem rios de mel, médicos, empresas, postos de trabalho e a inversão demográfica de que seriam capazes em cada concelho.

Em muitas autarquias bastava que não esbanjassem os dinheiros públicos, garantissem a redução das dívidas e evitassem obras inúteis para merecerem o voto.

Hoje, as piscinas encerradas durante todo o ano, as ciclovias onde nunca circulam bicicletas e os pavilhões multiusos, sem uso, substituíram os lavadoiros e fontanários de triste memória e modesto preço nos concelhos mais pequenos.     

De positivo fica o fracasso das aspirações do partido fascista cujo crescimento inquieta todos os democratas, mas não se apagam as campanhas de ódio e a violência verbal com que se quiseram destruir os adversários e que abrem caminho à extrema-direita.

Apresar de tudo, o voto é uma obrigação cívica que todos os cidadãos devem cumprir nos 308 municípios e 3092 freguesias.

Que vençam os que os munícipes escolherem! É sempre um mal menor do que qualquer ditadura.

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