O Presidente Cartaz e o protegido do Presidente

Marcelo é cada vez mais o líder da direita e estímulo comum dos partidos da oposição.

O Presidente Cartaz está em todos os noticiários com os seus estados de alma, dúvidas, receitas, avisos e previsões. Não falta com comentários a jogos, leis e decretos nem com a presença a funerais, receções e festas. Não é um Presidente, é o cartaz da sua vaidade e agenda política.

O Presidente Cartaz não é um ativo tóxico como o salazarista que o precedeu em Belém, é o homem inteligente, culto e empático que rivaliza na perfídia e na insídia. Tem igual ódio à esquerda, mas é urbano, tem maneiras, leu Camões e é ortodoxo na gramática.

O Presidente Cartaz acha que o Governo promulga leis-cartaz enquanto o seu protegido Moedas “trabalhando diariamente para aumentar a oferta de habitação: através do setor público e do privado, do setor social e cooperativo”, procede à inauguração da “nova residência de estudantes no Campo Pequeno", com quartos a partir de 735 e até 1.096 euros por mês.

O Presidente Cartaz não prescinde do alter ego Marques Mendes, e se o seu protegido continua a pensar que deve regozijar-se no Twitter pela promoção de quartos acima de 700 euros mensais, vai abandoná-lo na primeira oportunidade.

O Presidente Cartaz não passa pelas vergonhas a que Cavaco se sujeita. Como é virgem em cargos executivos e mestre na promoção da sua imagem não se deixa arrastar para o naufrágio em que sucumbiram os companheiros de partido da fotografia.


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