Eleições em Espanha – O pessimismo da minha previsão (2)
A imprensa portuguesa, que só ontem acordou para as eleições aqui ao lado, confundiu os desejos com os resultados eleitorais, e eu vi adiado o pessimismo.
Contados os votos, regozijei-me com o crescimento moderado da direita espanhola à custa da monumental derrota da extrema-direita. Fiquei, aliás, feliz com a moderação do eleitorado espanhol, agora mais europeísta, enquanto apreciava as reações dos partidos portugueses e Feijóo me fez lembrar Passos Coelho a negar a direita em minoria.
Vi, em direto, o líder fascista português a vaticinar a entrada do VOX no Governo que não haverá, com o travo amargo da derrota, e a desilusão de Montenegro a felicitar o seu homólogo pela vitória de Pirro.
Em Portugal Marcelo ficará com menos margem de manobra para o golpe de Estado permanente em que se envolveu e será mais cauto a desenhar cenários, embora não menos perigoso.
Em Madrid, voltou a ouvir-se o grito de Dolores Ibárruri, La Pasionaria:
«No Pasarán!».
Apostila – Para reflexão: novembro 2019: PSOE + PP = 48,82%
dos votos; julho 2023: PSOE +PP = 64,75% dos votos (+ 32%)
Comentários