M. – O PR e o Conselho de Estado (25)

Decididamente, o cenário previsto por M. – O PR, correu mal a Marcelo por razões que adiante refiro.

O Conselho de Estado é o órgão de aconselhamento do PR, a quem cabe pronunciar-se obrigatoriamente sobre dissolução do Parlamento, declarações de guerra e acordos de paz, que Marcelo transformou em instrumento de guerrilha contra o Governo.

M. – O PR depois de ter transformado o corriqueiro poder de promulgação de diplomas em promulgações com reparos, objeções, avisos, ameaças e outros ruídos, recorreu ao órgão de consulta para fingir que manda no Governo.

Em finais de maio M. – O PR convocou o seu órgão consultivo para ontem, uma forma inovadora de deixar a especulação jornalística a grelhar o Governo à espera do melhor momento para entregar o Governo ao seu partido e à extrema-direita.

A dois meses de distância não podia prever M. – o PR tão lenta a erosão do Governo e tão difícil a dissolução da AR, graças ao efeito conjugado dos melhores indicadores económicos e financeiros dos últimos anos, às melhores contas públicas e aos melhores números relativos ao emprego com uma imagem excelente do PM na Europa.

Falhado o desafio, Marcelo marcou para setembro uma segunda parte do jogo em que é árbitro. “Retomamos o debate em setembro”, julga saber o Expresso, seu órgão oficioso, da reunião que devia ser secreta.

Entretanto, sabe o Expresso, o Prof. Aníbal, por conta própria, e os Conselheiros que M. – O PR nomeou, Cadilhe e o seu alter-ego, Marques Mendes, ‘apontaram ao Governo’, para que conste.

Talvez os fogos que hão de vir e algum ativismo judicial augurem melhores expetativas em setembro a cenários de crise política ou de avaliação da durabilidade da legislatura.


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