Açores – Alto e para o baile!

Já disse que Marcelo ganhou e a esquerda perdeu. Reitero o que escrevi. Não parti para a defesa de Bolieiro nem para a aceitação de que o PS deve abster-se perante quem teve menos votos nas anteriores eleições e se apressou a atrair o Chega para governar.

Tenho como princípio que os governos se formam nos parlamentos e que o PS e o PSD, ainda que aliados na defesa de princípios comuns, não podem deixar de ser adversários.

A eventual aliança só serviria para um engolir o outro. Mesmo quando os líderes não se distinguem no campo dos princípios, por exemplo Rui Rio e António José Seguro, a aliança levaria apenas a debilitar a social-democracia e a acentuar o liberalismo.

Duvido da importância da ideologia nos partidos que disputam lugares de deputados nas remotas ilhas dos Açores, férteis em lugares parlamentares, e seria suicídio para o PS se viabilizasse o governo da mesma pessoa que recorreu ao Chega para impedir o seu.

Só a falta de ética de quem não repudiou a formação do último Governo Açoriano pode levar a que defenda que o PS devia capitular agora perante quem o afastou há 2 anos e que, durante a campanha eleitoral, elegeu o PS, não o Chega, como adversário principal.

É preciso ter da ética o mesmo entendimento do PR para tamanha cambalhota política. Quem andou dois anos ao colo do Chega não pode pedir quatro ao PS.


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