Traquinices do Professor Doutor Marcelo
O Professor Dr. há de andar feliz com os ventos semeados, indiferente à tempestade em que mergulhou o país, sem esclarecer a interferência da Casa Civil na cunha das gémeas e os negócios do Dr. Nuno, seu filho, com a Misericórdia de Lisboa.
O Professor Doutor mobilizou médicos, polícias, bombeiros,
professores, comentadores, enfermeiros, guardas prisionais, ativistas do clima,
tratoristas da CAP e Conselheiros de Estado, para fazer esquecer o comunicado
da PGR de 7 de novembro contra o PM.
Desanimado, a imaginar o fim do seu mandato antes do da AR,
com celebrações do 25 de Abril orientadas pelos que amam a data, não poupou
esforços para arrastar consigo para a lama as instituições que lhe cabia
preservar.
Farto de promulgar diplomas com vetos, avisos, reparos e
comentários sem que o País o compreendesse, recorreu às forças vivas que aplaudiam
o regime do pai para derrubar o Governo com maioria absoluta.
Por cada novo fracasso, o Professor Dr. recorreu sempre à
dissolução da AR e, depois de ter despachado Rui Rio que derrotou o seu
protegido Rangel, não podendo esperar mais por Moedas, resignou-se a Montenegro
e voltou a dissolver a AR.
Não querendo os eleitores repetir indefinidamente a votação,
não terão outra alternativa senão a de conduzirem ao poder a direita
acompanhada da extrema-direita.
Os ativistas do clima, que apoia porque é chique, é moderno,
vieram agora ajudá-lo com a tinta que atiraram a Montenegro, já esquecida a sua
dissimulada compreensão ecológica quando fizeram o mesmo aos ministros
Cordeiro e Medina.
Os ativistas do clima
não atacam tratores da CAP, que é contra a defesa das alterações climáticas,
preferem atacar os fatos dos políticos para virem nos jornais e nas televisões.
O País atónito há de votar em quem o poupe a nova dissolução
da AR e não faltarão ao Professor Dr. os aplausos dos beneficiários da traição.
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