XXIV Governo Constitucional – #montenegronaomarcelonunca

A herança dos XXI, XXII e XXIII Governos corre perigo. O equilíbrio orçamental está a ser delapidado por este governo em permanente campanha eleitoral.

Montenegro, convencido de que o governo não caía, agarrou-se aos impostos, às lutas sindicais que o PR estimulou e à Saúde para debilitar um governo com os melhores indicadores económicos e financeiros dos últimos anos, as melhores contas públicas, os melhores números relativos ao emprego e com excelente imagem do PM na Europa.

A atabalhoada conspiração urdida no gabinete do PR com a PGR conseguiu através de um parágrafo pôr em causa a honra do PM e levá-lo à demissão.

A seguir, foi o PR que, ansioso por entregar o poder e as verbas do PRR ao seu partido, impediu o PS, com maioria absoluta, de indicar novo PM. O eleitorado vingou-se, e deu cerca de 20% dos votos a dois partidos extremistas, os neoliberais e os neofascistas.

Estamos a assistir ao desespero de um primeiro-ministro que espera ser derrubado para voltar com o apoio da extrema-direita, que seria imprudente aceitar agora, depois de ter piscado o olho aos sectores moderados com a verbalização da recusa absoluta.

Entretanto, ainda com o Orçamento herdado e sem cumprir promessas aos funcionários públicos que aliciou, já estão comprometidos mais de dois mil milhões de euros para as despesas sem contrapartidas nas receitas. O desmantelamento do Estado social está a ser retomado.

Ninguém se iluda. Sempre que um imposto baixa há outro que aumenta se não forem as pensões dos reformados e os benefícios sociais de todos a sofrerem as consequências.

A descida do IRS para jovens até aos 35 anos é um exemplo de iniquidade. Ninguém se interroga sobre a desigualdade dos cidadãos perante os impostos. Qual é a justificação para que dois portugueses com igual vencimento recebam diferente? Só a demagogia e a ignorância dos que sofrerão os danos justificam o silêncio.

Igual demagogia à custa dos impostos para a construção civil não acrescenta benefícios a número alargado de jovens, apenas atrai os pais dos mais ricos à compra de habitação em nome dos filhos.

Quanto à descida do IRC quando os lucros das empresas nunca tinham sido tão grandes, só a ideologia neoliberal a justifica. Contrariamente ao que se propala, Portugal não tem impostos mais altos do que a média europeia, tem, pelo contrário, impostos indiretos altos, caso do IVA, pagos por todos e ausência de imposto sucessório para filhos e netos, seja qual for o volume de milhões de euros da herança.

Repito, sempre que um imposto baixa há outro que aumenta se não forem as pensões dos reformados e os benefícios sociais de todos a sofrerem as consequências.

Quem defende o modelo da Argentina de Javier Milei (IL) ou o da Itália de Giorgia Meloni (Chega), deve apoiar Luís Montenegro que está a tentar fazer a síntese de ambos no laboratório do alquimista Marcelo Rebelo de Sousa.

Eu continuarei a combater este governo.

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