CAVACO

Gostava de partilhar convosco algumas ideias sobre o Prof. Dr.Aníbal Cavaco Silva, candidato à presidência da República.
Surpreendeu-me a sua excessiva pressa em “desvalorizar” históricamente o falecido Dr. Francisco de Sá Carneiro , de facto não se compreende que um ex-líder do PSD venha dizer que o seu ilustre fundador deixou a sua tarefa inacabada, ainda que seja pelo facto do seu desaparecimento fortuito.
Um facto parece indesmentível por muito que Cavaco se esforce, nunca se poderá equiparar a Francisco Sá Carneiro.

E se a sua intenção é beneficiar politicamente da figura tutelar que é o fundador do P.S.D. não vai consegui-lo porque este foi um homem bem diferente.
E fica a saber a pouco dizer, que foi um homem íntegro e digno, falta a raça a paixão e a frieza próprias de Sá Carneiro, que Cavaco nunca teve.
Este facto é indesmentível mesmo para aqueles, que como eu, sempre preferiram Soares e nunca votaram em Sá carneiro.

Apenas Soares , Sá Carneiro e Àlvaro Cunhal serão figuras da nossa história contemporânea e esta eleição nesse aspecto nada alterará.
Mas Soares surpreende-nos sempre e é esse o segredo da vitória.

Cavaco veio ontem falar na regionalização, mais uma rasteira para o governo . Curiosamente, disse que viabilizaria um futuro referendo sobre a regionalização mas não disse que viabilizaria uma lei da Assembleia da República sobre a regionalização.
Objectivo óbvio, os votos daqueles que são favoráveis à regionalização e prejudicar o governo com mais um referendo.
O que resulta evidente é que se trata de uma combinação entre amigos à volta deste tema.
Termino com o ditado, “quem não quer ser lobo não lhe veste a pele” é que os “superiores interesses da nação” não justificam , em minha opinião, o recurso a pessoas que infelizmente já não estão entre nós.

Peço antecipadamente perdão pelo plágio, mas assim termino "É ESCUSADO NÂO POSSO APOIAR OUTRO CANDIDATO QUE NÃO O DA LIBERDADE"
MÁRIO SOARES, claro.



Nota : Por mera ingenuidade utilizei dois termos populares no anterior post que podem ser entendidos como falta de respeito, não foi definitivamente esse o meu objectivo. Peço por isso desculpa pela linguagem agressiva que utilizei, a minha intenção não foi em momento algum pôr em causa a dignidade pessoal de qualquer das pessoas que referi, ou agredir qualquer leitor, mas sim fazer uma apreciação necessariamente pessoal, em função das declarações dos candidatos e do expediente político neste caso utilizado.
Paulo Alves