Critérios jornalísiticos

O que leva uma notícia a ser bombástica e outra irrelevante?

Por que razão o sangue ou o vil metal é mais aliciante que o absurdo e o ridículo?

Esta notícia, esquecida no meio do Diário de Notícias, seria, noutro país, motivo de indignação nacional, motivo de tumultos de linguagem, eventualmente iniciar-se-iam processos internos na Judiciária e poderia mesmo registar-se um incidente diplomático com outro país.
Nada disso é pensável entre nós.
A auto-flagelação a que três séculos de inquisição e cinquenta de salazarismo nos habituaram apenas nos leva a "assobiar para o lado."
Será possível que se esteja a utilizar o nome do Primeiro-Ministro da República Portuguesa para criar um alibi para um dinheiro supostamente desaparecido?
Que tradutora da polícia judiciária é esta que não conhece uma expressão idiomática simples, como "No way, Jose"... e redige um documento que cria uma pista errada?

Nada disto é ainda seguro. Nada disto é ainda certo.
Mas, sem dúvida, numa Pátria com orgulho esta notícia encheria os escaparates dos jornais, seria discutida na televisão, haveria investigação...

Comentários

e-pá! disse…
JS deve seguir o conselho de Mário Soares.
Enquanto, decorrer a investigação criminal não deve voltar a pronunciar-se sobre o "caso Freeport"...

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