O gen. Ramalho Eanes é cada vez mais uma carta fora do baralho... A sua intervenção na vida política portuguesa é cada vez mais desvalorizada por estar condicionada pelos sectores mais retrógrados da ICAR - a Opus Dei.
A Igreja sempre se manteve ao largo e relativamente distante do carácter eminentemente popular e laico do 25 de Abril.
Aproveitou a liberdade conquistada em proveito próprio tentando, mais uma vez, como no Estado Novo, interferir nos assuntos públicos. Essas tentativas,nem sempre lhe correram bem...
A nova situação política e a evolução social e cultural não lhe trouxe a desejada expansão. Antes, pelo contrário.
Felizmente que, paulatinamente, a separação do Estado da Igreja vai sendo consumada e começam-se a ver alguns resultados.
Hoje, a notícia de 1ª página do Público traz como manchete a constatação do cardeal patriarca:
- O ESTADO LIGA "POUCO" À CANONIZAÇÃO DE S. NUNO...Assim seja!
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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A sua intervenção na vida política portuguesa é cada vez mais desvalorizada por estar condicionada pelos sectores mais retrógrados da ICAR - a Opus Dei.
A Igreja sempre se manteve ao largo e relativamente distante do carácter eminentemente popular e laico do 25 de Abril.
Aproveitou a liberdade conquistada em proveito próprio tentando, mais uma vez, como no Estado Novo, interferir nos assuntos públicos.
Essas tentativas,nem sempre lhe correram bem...
A nova situação política e a evolução social e cultural não lhe trouxe a desejada expansão. Antes, pelo contrário.
Felizmente que, paulatinamente, a separação do Estado da Igreja vai sendo consumada e começam-se a ver alguns resultados.
Hoje, a notícia de 1ª página do Público traz como manchete a constatação do cardeal patriarca:
- O ESTADO LIGA "POUCO" À CANONIZAÇÃO DE S. NUNO...Assim seja!