Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Confunde povo com comunidade, embora como comunidade existam conformidades e identidades regionais a defender e a preservar.
A comunidade madeirense tem sido fustigada pela diáspora e, aparentemente, o Governo Regional, deveria apoiar toda a imprensa regional, livre, pluralista e democrátrica, que nascesse da sociedade civil.
Ou seja, utilizar a Imprensa como uma ponte de comunicação e de ligação entre a Madeira e o Mundo, - por onde se espalharam, vivem e labutam (duramente) muitos ilhéus.
Não! Alberto João gosta de concentrar tudo e, pior, de controlar todos.
E em vez que promover uma abertura a uma imprensa regional diversificada e aberta, centraliza a sua capacidade de apoio no Jornal da Madeira, onde consome largas fatias do erário público, neste caso, regional. Pior, arranjou uma sofisticado método de transformar a informação regional num lobby de suporte ao poder regional transformando o Jornal da Madeira(JM)num periódico de informação geral de distribuição gratuita, com aumento de tiragem, e a redução do custo da publicidade nele publicada.
Os outros Jornais regionais queixaram-se à Autoridade da Concorrência, mas "isso" não incomoda Jardim.
É, que Jardim reivindicando a sua condição de madeirense é um típico português.
Isto é, mesmo antes de sair a Lei, o homem, já engendrou um esquema para tentar "escapar"..., i. e., "à portuguesa"!Só espero que não tenha cedido as quotas dos madeirenses no JM à diocese, que já era accionista, minoritária, em parceria com o Governo Regional.
Nem quero acreditar que, a prometida fuga de AJJardim à nova Lei do "Continente" seja sustentada pela famigerada Concordata...
É que, assim, seria pior a emenda do que o soneto...