Santa Comba Dão - Um fascista à solta (2)
Por
E - Pá
Devemos ser claros e firmes.
Santa Comba Dão não tem nada para se “orgulhar” de Oliveira Salazar.
Nasceu aí, teve um percurso de vida que feriu, prejudicou, lesou, diminuiu, muitos portugueses, nossos concidadãos e concluiu o seu ciclo de vida em Lisboa, ao que se afirma, em fantasioso ambiente onírico e alucinado.
Mas, Oliveira Salazar não só causou danos a portugueses de modo avulso.
Em termos de política geral foi desastroso. Cerceou as liberdades fundamentais, perseguiu sanguinariamente os seus adversários, instituiu a censura, condicionou a vida dos cidadãos, destruiu fundadas esperanças e legítimas ambições, reduziu a Cultura a deturpados conceitos identitários, etc.
Prejudicou, gravemente, o País, promovendo a estagnação – quando não brutais retrocessos em relação à I República – e, baseado em princípios ditatoriais e obsoletos, atirou-nos para a exclusão do convívio das nações. Conseguiu forjar o nosso total isolamento internacional. Com isso, perdemos todas as oportunidades de desenvolvimento, para não falar de modernização.
Foi uma personagem daninha, nociva à Pátria que, em vão, e por tudo e por nada, invocava. Cometeu, ou instigou, crimes de natureza humanitária, como a guerra colonial, conseguindo com essa política – negacionista da história do pós-II Guerra Mundial que promoveu a descolonização – estropiar e matar milhares de jovens, absolutamente indispensáveis ao futuro do País.
E mais haveria para nomear.
O edil da Santa Comba Dão é, um estropiado da vivência democrática, um desfigurador da nossa história contemporânea e, para além disso, um recalcitrante provocador.
A intervenção do Poder Central é indispensável. O que se prepara é uma autêntica tropelia que só pode provocar um enorme bulício.
Quando se perde a noção de que com um gesto insano e ingrato se pode envergonhar os portugueses, deveria levar, também, à perda de mandato, por falta de cultura democrática e um tremendo despudor pelas liberdades conquistadas em 25 de Abril de 74.
Esta é a forma mais escarnecedora e abusiva de exibir um intolerável caciquismo e servir-se dos mais abjectos preconceitos para pacificar e revisitar uma Direita retrógrada, insolente, arrogante e despeitada.
Não pode haver tolerância para despautérios desta natureza, com esta dimensão e encerrando no seu âmago um significado tão perverso.
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