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A mostrar mensagens de junho, 2022

A FRASE e a farsa do novo aeroporto

«Este governo é um governo que não toma decisões. Tem maioria absoluta e nada faz»,  e à solicitação pública do PM de um compromisso com o PSD para o novo aeroporto respondeu que não era nada com o PSD. (Luís Montenegro, futuro líder provisório do PSD). À falta de liderança credível do PSD, o PR torna-se o líder da oposição até levar Moedas ao poder. Marcelo nunca conseguiu governar [Lisboa, Governo], mas tudo fará para que governe um satélite seu.

HUMOR

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 POLÍTICA O humor vale sempre a pena e quando se perde o humor perde-se também o espírito crítico.

RECORTES DE JORNAIS

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Recorte do DN de há 6 anos. Apostila -- O inquérito mantém-se oculto.  Recorte do DN de há 6 anos.  

A FRASE

«Só quando uma mulher incompetente chegar ao topo haverá verdadeira igualdade nas Forças Armadas». (Marcelo Rebelo de Sousa, PR, Comandante Supremo das Forças Armadas – Jornal Económico com Lusa, 28 junho 2022, 17:01)

ECOLOGIA E INFORMAÇÃO

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Recolher o lixo é ecologia; servi-lo é intoxicação.

São Josemaria – 47.º aniversário do seu passamento (texto atualizado)

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Há 47 anos esqueceu-se de respirar o indefetível apoiante do genocida Francisco Franco e fundador do Opus Dei. O OD apoiou a política de João Paulo II, provocou a falência fraudulenta do banco Ambrosiano e promoveu a criação de centenas de santos espanhóis, todos mártires do mesmo lado da guerra civil. Ao serviço de Deus e do fascismo, acompanhou as tropas sediciosas a Madrid, e os seus fiéis, a quem indicou o Caminho, levaram à falência os impérios Matesa e Rumasa, para maior glória da prelatura e benefício dos desígnios do Monsenhor. Os contributos pecuniários obtiveram a imunidade da seita, que passou a ter como única obediência o Papa, e o diploma da santidade, a ser conferido post mortem, depois de dois milagres certificados, um para a beatificação e outro para a santidade, como é uso. Foram-lhe creditados 3 milagres, não se pense que foi protegido, o primeiro no ramo da oncologia, a uma freira, prima de um ministro de Franco, que morreu curada. O bem-aventurado, mal refeito da de

Motivo suficiente

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 Só uma razão muito forte pode levar um ateu a abraçar a cruz.

Carestia

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Cada dia de guerra na Ucrânia aumenta as dificuldades das famílias para comprarem os alimentos essenciais. Imaginem o que a subida dos preços faz a uma família do Opus Dei!  

Na praia

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Cinquenta centímetros de areia separam a liberdade e a opressão, as democracias e as teocracias, a igualdade entre sexos e a submissão que um profeta analfabeto impôs.

CIVILIZAÇÃO CRISTÃ E OCIDENTAL

Nos EUA, depois de quase meio século, foi proibido o direito ao aborto, sem o mais elementar respeito pela autodeterminação sexual e saúde reprodutiva da mulher.  Não me revejo numa civilização que mantém a pena de morte e onde não há restrições ao uso de armas. Este retrocesso civilizacional é a vitória do fundamentalismo evangélico, um rude golpe nos direitos humanos, com desrespeito pelas mulheres, incluindo as vítimas de incesto, violação, portadoras de malformações fetais ou em risco de vida.

Guerra Rússia / NATO – Sim à Paz, não à guerra!

Ninguém espere que eu defenda a invasão da Ucrânia e, como receio, a da Lituânia, mas não posso deixar de pensar que o bloqueio deste último país a Kaliningrado tem todas as condições para provocar Putin e envolver diretamente os militares da Nato no confronto que provoca os maiores horrores na Europa depois da guerra de 1939/45. Não acredito que a Lituânia tenha tomado tão temerária decisão por iniciativa própria. Não sei se as pessoas estão abúlicas, cegas pelo desejo da derrota da Rússia, indiferentes à tragédia em curso, aos horrores do povo da Ucrânia, às ondas de choque que arruínam a economia da Europa e ao regresso do fascismo. Pelo menos, deviam pensar que a guerra nuclear pode acontecer e provocar o fim de todos nós. Não acredito na sensatez dos líderes das potências nucleares. Não sei como se assiste à germinação de uma tragédia universal sem um movimento de opinião pública a favor da paz, à espera do confronto final entre os EUA e a China pela liderança do que resta

SNS

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Se houvesse problemas na proctologia!!!!

Ponte Europa

Com o país sorumbático, os níveis de crispação elevados e os cidadãos à beira de um ataque de nervos, este blogue ainda se mantém um espaço de convívio onde a carreira de tiro convive com o lazer, e a crítica a Marcelo, os ataques a Costa, o ódio a Putin, a incerteza do amanhã e a crispação do momento, com o humor. Este não é um local de ódio, procura ser o espaço pedagógico de um ambiente solidário onde se faz a catarse do quotidiano, cada vez mais difícil, e alivia a angústia do futuro, cada vez mais incerto, onde é difícil prever até que preço dos combustíveis se manterão em maioria os europeus que elegem a Justiça em vez da Paz , na Ucrânia, na designação do inquérito do Público. Posso garantir aos que divergem que não os estimo menos do que aos que concordam, e jamais deixarei de ser amigo de quem, inconformado com as minhas posições, deixar de o ser de mim. Serei um defensor da Paz, da democracia liberal e do direito de expressão, não me considerando detentor da verdade, sem
  Deus, hoje Os avanços adquiridos pelas ciências, mais o nosso próprio entendimento das coisas conseguido pelas transformações sociais que a todos afectam, promovem conhecimento que se reflecte no nosso saber e induz comportamentos. O fácil acesso que temos à informação não permite a leviandade de dizermos desconhecer qualquer assunto. Admite-se que não aprofundemos matérias que não nos interessam, mas não se aceita que, interessando, as desconheçamos mais do que o aceitável. Neste âmbito encontra-se o conceito de Deus, ainda tão presente nas nossas mentes, mas que, hoje, já não pode (não deve) ser considerado do mesmo modo, nem com a mesma importância social, como o era na Idade Média. Está claro que há sempre, no mínimo, dois modos de se entender Deus: o do crente e o do curioso. O crente perdeu a curiosidade que conduz ao interesse de saber; o crente "não sabe"… apenas crê. E  crer  não é  saber . Por mais que eu  creia  que o comboio parte ao meio-dia, eu vou perdê-lo se

A liberdade de informação na ditadura

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Não existia apenas, como denunciavam os democratas, uma fonte de informação única, a Agência Nacional de Infirmações. Havia duas, o Secretariado Nacional de Informações (SNI) órgão oficial do salazarismo e a Senhora de Fátima, particular, independente, sem censura, tendo como porta-voz, não os pastorinhos, mas o cardeal Cerejeira que acumulava as funções de César Moreira Baptista e Ramiro Valadão na informação pia.

DIGAM QUE É FALSA! Marcelo beijou a barriga de uma grávida.

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DIGAM QUE É FALSA! Marcelo beijou a barriga de uma grávida . História da foto Noite de 12 de junho, Marchas de Lisboa, Av. da Liberdade: o Presidente da República beijando na barriga uma mulher grávida© António Cotrim/Lusa – 12/06/2022 «Foi tirada pelo fotojornalista da Agência Lusa António Cotrim, 64 anos, nado e criado na Madragoa, um veterano do fotojornalismo (35 anos de experiência) como já restam poucos no ativo». (DN)

Condecorações – De Júlio Pereira a Luís Pitarma, passando por Cavaco

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A instantes de perder o alvará para atribuir veneras, Cavaco Silva impôs o elevado grau de uma honrosa condecoração, grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a Júlio Pereira. Sendo Júlio Pereira o estilista que desenhava a roupa à medida do corpo da Senhora D. Maria Cavaco Silva, não se duvidou do merecimento de tal peito para a venera, só se estranhou a omissão do sapateiro, da manicura e do cabeleireiro e a ausência da Ordem do Mérito Empresarial, Classe de Mérito Comercial, ao abastecedor de frutas e legumes do Palácio de Belém e a comenda do Mérito Industrial ao cozinheiro. Se nada havia a dizer quanto ao grau de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique a Júlio Pereira, ficou por atribuir o de comendador ao fotógrafo dos netos, de cavaleiro ao sapateiro e o de dama à manicura da primeira-dama. Aliás, nunca mais terminariam os esquecidos. Quando o atual PR recebeu o trespasse do alvará das condecorações, ainda no local da cerimónia, arremessou ao antecessor o mais a

Realidade e ilusão

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Quando são aparentes as semelhanças e gritantes as diferenças.

Marcelo confeciona a vichyssoise/2026 para servir em S. Bento

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A desagradável surpresa de ver o PR, numa imperdoável distração, a comemorar o 10 de Junho no dia 11, em Londres, na companhia de militantes do partido fascista, que exibiram a bandeira partidária, causa as maiores apreensões. Ver o Presidente a promover extremistas é motivo de apreensão e perplexidade. Sem cometer a deselegância de regressar à sua origem familiar e ao destinatário do exercício epistolar sobre o III Congresso da Oposição Democrática de Aveiro, vale a pena recordar o seu percurso político. O receio justifica-o. Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice, Pedro Santana Lopes, José Manuel Durão Barroso e António Pinto Leite surgiram em finais de 1983 ou início de 1984, a preparar na sombra, de forma organizada, o retorno da pior direita, por via democrática. Foram decisivos em dois congressos do PSD, em 1984 [Braga] derrotando Mota Amaral com Mota Pinto e, sobretudo, em 1985 [Figueira da Foz], na improvável ascensão do obscuro Cavaco Silva à liderança do partido, d

A ditadura e o clero português

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Para os que esqueceram as rezas das missas pela longevidade dos governantes e orações pias de agradecimento aos próceres do fascismo, aqui fica um documento para gáudio dos democratas e vergonha dos fascistas.

Sua Excelência o PR, a comemorar o antigo Dia da Raça

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Para isto não precisava de duplicar o feriado de 10 de Junho. Foto de Manuel de Almeida, da Agência Lusa, que acompanhou o PR a Londres.

CALEIDOSCÓPIO POLÍTICO

Marques Mendes – Ontem conseguiu o melhor tempo de antena do PSD em luta contra o Governo. O Conselheiro de Estado, esquecidos ou prescritos os seus processos judiciais, não poupou na sanha com que zurziu o Governo e só surpreendeu pela defesa acalorada do SNS, tendo o seu partido votado contra. PR – Peço desculpa por ter informado que Marcelo duplicara as comemorações do dia 10 de junho, estendendo-as pelo dia 11, ignorando que as prolongou até ao dia 12, para, em Andorra, continuar a fotografar-se com os transeuntes. Teme-se que, no próximo ano, as comemorações do dia passem a semanais.  PR-2 – A imposição de uma venera ao enfermeiro português que tratou Boris Johnson da Covid-19 foi uma imprudência. Expôs aquele profissional à ira dos ingleses. Eleições francesas – Emmanuel Macron, ensanduichado entre Mélenchon e Marine de Pen, arrisca-se a conviver com um Parlamento hostil depois da segunda volta eleitoral. Será um PR ferido nas ambições e debilitado no poder. Guerra Rússia
  "Não há religião que mande matar" A RTP é a única entidade difusora de notícias que, a nível nacional, através da rádio e da televisão, dá voz a outras crenças religiosas para além da Igreja Católica, e fá-lo no cumprimento do serviço público que presta. “E Deus criou o mundo” é o título de uma rubrica semanal que vai para o ar na Antena 1 da rádio, às Quintas-feiras, entre as 23 e as 24 horas, com repetição ao fim-de-semana (presumo que ao domingo, cerca da hora do almoço). Nele intervêm militantes de três religiões: um Católico, um Muçulmano e um Judeu. Num dos programas ouvi da boca de um dos intervenientes (presumo que do judeu), a frase que dá título a esta crónica: “Não há religião que mande matar”. Aprecio a sua atitude pacífica pretendendo branquear todos os actos religiosos, mas… esta afirmação é falsa!... Não só porque a História está cheia de “guerras religiosas” onde se matava (e mata) por obediência a uma certa interpretação de escritos com teor religioso,

MEMÓRIAS DO 10 DE JUNHO

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Se há datas que não conseguem libertar-se da memória salazarista, o 10 de junho é a que me desperta a amarga memória dos mortos e estropiados da guerra colonial que a minha geração sofreu. Aliás, a celebração da morte do grande poeta Luís de Camões acompanha a sorumbática cerimónia que o atual PR resolveu duplicar nos dias 10 e 11, como se não bastasse o dia para evocar a morte. Repete as comemorações no dia seguinte. Espera-se que, na vertigem mediática e devota, não decida, ao arrepio da laicidade a que é obrigado, e tantas vezes trai, passar a festejar e duplicar os dias dos feriados religiosos, sob pena de nos entrar em casa duas missas em cada feriado que a ditadura criou e a que a democracia ainda acrescentou outro. Ninguém calcula a inquietação que inspiram os militares que fizeram a guerra colonial e comparecem com os restos de camuflados no 10 de junho e nas peregrinações a Fátima, no primeiro caso ainda convictos de que foi justa a guerra e no segundo de que devem à int

PSD – A rudeza das palavras e os juízos de valor

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Às vezes lamento ter de combater os partidos onde tenho amigos cujo pensamento não é sequer muito divergente do meu, especialmente o PSD. Quem vê a democracia representativa como grande conquista civilizacional, não atribui o monopólio da verdade ou a fonte de todos os males a um único partido, mas há razões para a acrimónia, a suspeição e o combate. Nunca fiz a Rui Rio, apesar de se ter conformado com a presença do partido fascista no Governo dos Açores, a ofensa de o considerar igual a Passos Coelho ou de pensar que todos os militantes do PSD se reveem em Relvas, Cavaco e Marco António, mas quando o País carece do PSD, encontra-o no lado errado, naquele que a ditadura infetou. O PSD teve líderes respeitáveis até à chegada de Cavaco Silva, o primeiro salazarista a interromper a sequência de democratas, Sá Carneiro, Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Meneres Pimentel, Pinto Balsemão, Rodrigues dos Santos, Mota Pinto e Rui Machete. Fracassaram, após Cavaco, Fernando Nogueira, Manue

Uma imagem para recordar um dia de tristes memórias

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Na morte de Paula Rego

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O desaparecimento do maior vulto da pintura portuguesa deu origem a sentidas e justas manifestações de pesar onde não faltaram as eloquentes palavras de Luís Montenegro, líder do PSD, apesar da animosidade da pintora a um antigo líder. “Com a morte de Paula Rego, perdemos um dos maiores vultos da cultura portuguesa. Reconhecida nacional e internacionalmente pelo seu talento e pela qualidade e diversidade da sua obra, Paula Rego marcou gerações de artistas ao longo de décadas. Os meus pêsames à família e amigos”, escreveu Luís Montenegro, no Twitter.

A REGIONALIZAÇÃO e o seu futuro incerto

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Era uma obrigação constitucional com a simpatia de numerosos portugueses, antes de se tornar um assunto suspeito e objeto de discórdia, com anticorpos progressivos. Aqueles que defendiam a necessidade da regionalização por imperativo constitucional e carência de um módico de racionalidade na gestão do País, estão cada vez mais receosos ou hostis. Quem foi incapaz de reduzir o número de concelhos e freguesias, obrigação de todos os governos democráticos, terá dificuldade em conseguir a anuência do eleitorado a votar favoravelmente a regionalização em novo referendo, instrumento democrático de parco interesse popular, mas que, depois do chumbo anterior, exige agora a reincidência. Portugal está retalhado em 308 concelhos (278 no Continente, 11 na R.A. da Madeira e 19 na R.A. dos Açores) e 3 091 freguesias (2882 no Continente, 155 nos Açores e 54 na Madeira). Há falta de população e de massa crítica para uma gestão razoável, reduzida a meros empregos autárquicos. A oportunidade que

Fernando Pinto Monteiro

Há algum tempo que temia telefonar-te. O último telefonema deixou-me a convicção de que a doença se agravara. Já não nos voltaremos a encontrar como tínhamos combinado Não mais nos encontraremos em Porto de Ovelha, Badamalos ou Miuzela do Coa, onde a nossa amizade começou. Éramos crianças. E vai longe o tempo em que fomos colegas da mesma turma no Liceu Nacional da Guarda. Agora que partiste, posso dizer porque nunca te defendi da canalha que desconhecia a tua honestidade e te quis denegrir. Não permiti associar-me à alta personalidade com elevadas funções de Estado, com quem mantive sólida amizade durante toda a vida. Abraço os teus irmãos, mulher e filha. Nunca esquecerei a tua casa em Benfica onde se sucediam tertúlias que primavam pela cultura e boa disposição. É a vida que tem fim. Já estás a gozar as Delícias do Nada, de que falava Schopenhauer, depois de largo sofrimento. Gostavas muito de viver.

RELIGIÃO

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Nossa Senhora de África foi uma vítima do 25 de Abril. Teve vida curta e é hoje uma retornada inútil e sem devotos.

HUMOR – "Se non è vero, è ben trovato."

Numa entrevista à imprensa, Kim Jong-Un anunciou que a Coreia do Norte ia enviar um homem ao Sol dentro de 10 anos. Um repórter argumentou que o Sol era muito quente; como pode um homem pousar no Sol? A assistência, atordoada ficou em silêncio, mas Kim Jong-Un respondeu: - Vamos pousar à noite ... Então, todos se levantaram e aplaudiram freneticamente. No Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro e os seus colaboradores ouviam a conferência de imprensa. Bolsonaro levantou-se e exclamou: - Que tolo, ele não sabe que não há sol à noite! Então, todo o seu gabinete se levantou e aplaudiu em delírio.

Reino Unido – 70 anos de rainha

A rainha Isabel II é um caso raro de longevidade a assegurar a eternização de um regime obsoleto e a dar às revistas cor-de-rosa, e às especializadas em escândalos, descendentes para todos os gostos. Resistiu à prova das hormonas e adultérios da sua descendência. Governadora Suprema da Igreja Anglicana, religião que não a obriga a crer em Deus, é o elemento ornamental do país que finge ser imenso depois de ter perdido o império e mantido o mais duradouro e sólido regime democrático do mundo. A religião do Estado é o anglicanismo, e ninguém é obrigado a praticá-lo. As exéquias litúrgicas têm como autoridade máxima o Arcebispo de Cantuária, nomeado pela rainha e indicado pelo PM. O seu alto posto na religião não lhe confere alvará para dizer missa, celebrar casamentos ou transformar em benta a água do Tamisa, e não lhe faltam bispos para lustrar as festas. Reinou sob 14 primeiros-ministros, com Harold Wilson reincidente, desde Sir Winston Churchill ao estouvado Boris Johnson que di

Marcelo e o dom da ubiquidade

Embora cético, para além do ser imaginário que me garantem estar em toda a parte, foi de um frade português emigrado, conhecido pelos devotos por António de Pádua ou de Lisboa, conforme o País, e, em ambos, por Santo António, que soube do referido truque. Se, no domínio da metafísica e de outras artes esotéricas, é difícil imaginar que alguém possa estar em dois lados ao mesmo tempo, milagre simétrico ao de o mesmo lugar ser ocupado simultaneamente por duas pessoas, no domínio da política tornou-se banal. Há quem esteja ao mesmo tempo em todos os canais generalistas da TV, várias vezes, assustando-me ao abrir a janela, com receio de que me entre em casa pelo 3.º andar. Mas, se admiro a ubiquidade da pessoa, ainda mais me maravilha a capacidade de falar em nome do Governo e dos autarcas, dos bombeiros e dos incendiários, dos empresários e dos trabalhadores, da saúde pública e das doenças, da ciência e da fé, dos acidentes e da segurança, da culinária e da literatura, dos milagres
  SOBRE A EUTANÁSIA D. M anuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou, em Fátima, que a eutanásia é uma questão humanitária que não pode ficar reduzida ao campo estritamente religioso (Jornal de Notícias, 8/11/2016). Dito assim, até ficamos com a ideia de que a Igreja aceita, pacificamente, a prática da eutanásia em casos extremos de doença incurável com a morte próxima anunciada e provocando grande sofrimento ao paciente. Em tal caso a eutanásia seria um modo de libertar o doente, e a sua família, da dor inglória provocada pela irreversibilidade do mal. Porém, logo a seguir, o clérigo disse que a eutanásia representa “uma grave ameaça para as famílias e uma violação grave e inaceitável da ética médica”… o que acaba por virar ao contrário a interpretação possível da primeira frase do seu discurso!... E continua dizendo que “em nenhuma circunstância e sob nenhum pretexto, é legítimo a sociedade procurar induzir os médicos a violar o seu código deontológic

Castelo de Paiva - Está explicada a chapelada do PSD

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Em Castelo de Paiva todos os votos (incluindo de eleitores-fantasma) foram para Montenegro, onde ganhou por 100%. Não foram hábitos da ditadura como se insinuou malevolamente. Foi o Senhor Jesus que disse: «Ide todos votar em Montenegro».

O Brasil, a democracia e o futuro

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As ditaduras não carecem de adjetivos, mas as ditaduras militares brasileiras pautaram-se sempre por inaudita crueldade. A democracia vive aí em permanente sobressalto. A tentativa de redemocratização, após a ditadura de 1964/1985, constituiu um relativo êxito, particularmente desde 1995 a 2011, com Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva a cumprirem dois mandatos sucessivos, máximo legal, com assinalável progresso económico e um módico de justiça social, mais evidente com Lula da Silva. Dilma Russef, após a reeleição para um segundo mandato, apoiada por Lula, foi vítima de uma perversa conspiração, enquanto um juiz venal e ambicioso procurava destruir a imagem e privar da liberdade Lula da Silva, a troco de um lugar de ministro, do desejo de ser juiz do Supremo, onde lhe foi recusada a entrada, e, eventual candidatura a PR. Só conseguiu uma condecoração e ser ministro de Bolsonaro, nódoa imperecível. Dilma foi vítima de destituição com a cumplicidade do vice-presidente, Michel

CAVACO SILVA e o Observador

Cavaco Silva, mestre da banalidade, como lhe chamou Saramago, e relíquia da perfídia, aparece sempre que as nuvens se adensam no panorama internacional. Há notícia de ter escrito hoje no Observador, jornal virtual que reserva aos assinantes os textos dos grandes pensadores, certo de que merece assinaturas de quem aprecia, como é o caso, um ideólogo que se pauta pela honestidade, cultura e competência, e de cujas ideias, se acaso as tem, o país está suspenso. O Observador diz que «Cavaco Silva fez o que ninguém faz: oposição ao PS». Além da injustiça para com o atual PR, mais eficiente e astuto, não acredita nos colaboradores e descrê de si próprio. É a admissão do fracasso do jornal reacionário que vive de ataques à esquerda, em geral, e ao Governo, em particular. Mas voltemos a Cavaco porque, segundo o Observador, “desafia Costa a fazer melhor do que ele” e porque afirmou: «encerrada a fase da ‘geringonça’, o seu Governo de maioria absoluta [de António Costa] fará mais e melhor