Guerra Rússia / NATO – Sim à Paz, não à guerra!
Ninguém espere que eu defenda a invasão da Ucrânia e, como receio, a da Lituânia, mas não posso deixar de pensar que o bloqueio deste último país a Kaliningrado tem todas as condições para provocar Putin e envolver diretamente os militares da Nato no confronto que provoca os maiores horrores na Europa depois da guerra de 1939/45.
Não acredito que a Lituânia tenha tomado tão temerária decisão
por iniciativa própria.
Não sei se as pessoas estão abúlicas, cegas pelo desejo da derrota
da Rússia, indiferentes à tragédia em curso, aos horrores do povo da Ucrânia,
às ondas de choque que arruínam a economia da Europa e ao regresso do fascismo.
Pelo menos, deviam pensar que a guerra nuclear pode acontecer e provocar o fim
de todos nós.
Não acredito na sensatez dos líderes das potências
nucleares.
Não sei como se assiste à germinação de uma tragédia
universal sem um movimento de opinião pública a favor da paz, à espera do
confronto final entre os EUA e a China pela liderança do que restar do Planeta.
Contra todas as insinuações e ameaças, continuarei a
defender a paz.
Sim à Paz, não à guerra! Sim à Paz, não à guerra! Sim à Paz, não à guerra!
Comentários
Bom comentário. Obrigado.
Isso não é Paz nenhuma, é quando muito um adiar da guerra, à maneira de Munique...
Como perguntava Pacheco Pereira, mas alguém que protestava contra a guerra do Vietname exigia que este cedesse território aos EUA?
Pode fazer-se a mesma pergunta em relação ao Iraque.
E para aqueles que vierem falar do carácter xenófobo do nacionalismo ucraniano, vale a pena lembrar-lhes que o russo é igual, mas também é imperialista, e que quaisquer que sejam os crimes do regime de Kyiv, seguramente que os de Saddam eram 100 vezes piores e ninguém, a não ser os neoconservadores e seus amigos nacionais ao bom estilo de Durão Barroso, negava ao Iraque o direito à autodefesa.
O que eu vejo é uma quantidade de gente, Carlos Esperança incluído, transida de medo pela chantagem nuclear russa...
Lamento, mas não estou nada abúlico ao desejar no mínimo que a Rússia receba uma lição, mesmo conhecendo os riscos... Porque eles aumentarão muito, isso sim, se ela ganhar alguma coisa com esta agressão, o crime internacional supremo.
E não me convenço nada que Putin e a sua camarilha (sobretudo esta) estejam dispostos a trocar as amantes, as mansões pirosas e os iates para acabarem os seus dias a sufocar ou a morrer de envenenamento radioativo num bunker, sacrificando-se pela Santa Rússia. O fanatismo exige algum ascetismo e o luxo é coisa de que eles já fizeram prova que não dispensam...