Guerra Rússia / NATO – Sim à Paz, não à guerra!

Ninguém espere que eu defenda a invasão da Ucrânia e, como receio, a da Lituânia, mas não posso deixar de pensar que o bloqueio deste último país a Kaliningrado tem todas as condições para provocar Putin e envolver diretamente os militares da Nato no confronto que provoca os maiores horrores na Europa depois da guerra de 1939/45.

Não acredito que a Lituânia tenha tomado tão temerária decisão por iniciativa própria.

Não sei se as pessoas estão abúlicas, cegas pelo desejo da derrota da Rússia, indiferentes à tragédia em curso, aos horrores do povo da Ucrânia, às ondas de choque que arruínam a economia da Europa e ao regresso do fascismo. Pelo menos, deviam pensar que a guerra nuclear pode acontecer e provocar o fim de todos nós.

Não acredito na sensatez dos líderes das potências nucleares.

Não sei como se assiste à germinação de uma tragédia universal sem um movimento de opinião pública a favor da paz, à espera do confronto final entre os EUA e a China pela liderança do que restar do Planeta.

Contra todas as insinuações e ameaças, continuarei a defender a paz.

Sim à Paz, não à guerra!  Sim à Paz, não à guerra!  Sim à Paz, não à guerra! 

Comentários

rui esteves disse…
Nalgumas aldeias e lugarejos há um sujeito meio amalucado com quem ninguém quer contactos ou conversas. Toda a gente o evita e foge dele porque sabe que ele não bate bem e não mede as consequências. Se tiver que matar, mata, e até se vai entregar no posto da GNR mais próximo.No tribunal não nega que matou, sai condenado a 25 anos, e dali a uns 16 ou 17 anos sai em liberdade. Liberto, regressa a casa e pode voltar a matar se o provocarem. É-lhe indiferente voltar para a cadeia.O que nós todos estamos a presenciar com a Rússia é algo idêntico. Vai-se picando o urso até ao limite. Como a Ucrania não está a dar o resultado expectável, recorrem a um micro país - um país onde sempre se receou o vizinho grande e agressivo - para ver se será desta que o animal se solta e ataca. E estranhamente, vejo imensa gente a bolsar ódio e a desejar uma guerra. Guerra que, se for como a NATO quer - e a mãozinha por detrás da NATO também deseja -, pode obliterar a Europa durante dezenas de anos e com milhões de mortos inocentes. Estamos anestesiados pela propaganda.
Rui Esteves,

Bom comentário. Obrigado.
Jaime Santos disse…
Fica a pergunta, Carlos Esperança? Que Paz é essa? Uma Paz que significa a rendição da Ucrânia e a aceitação do ditak russo? Uma Paz que obriga a Ucrânia a ceder uma parte significativa do seu território, e que beneficia o infrator, para daqui a nada a Rússia invadir os Bálticos ou a Finlândia e exigir algo de semelhante?

Isso não é Paz nenhuma, é quando muito um adiar da guerra, à maneira de Munique...

Como perguntava Pacheco Pereira, mas alguém que protestava contra a guerra do Vietname exigia que este cedesse território aos EUA?

Pode fazer-se a mesma pergunta em relação ao Iraque.

E para aqueles que vierem falar do carácter xenófobo do nacionalismo ucraniano, vale a pena lembrar-lhes que o russo é igual, mas também é imperialista, e que quaisquer que sejam os crimes do regime de Kyiv, seguramente que os de Saddam eram 100 vezes piores e ninguém, a não ser os neoconservadores e seus amigos nacionais ao bom estilo de Durão Barroso, negava ao Iraque o direito à autodefesa.

O que eu vejo é uma quantidade de gente, Carlos Esperança incluído, transida de medo pela chantagem nuclear russa...

Lamento, mas não estou nada abúlico ao desejar no mínimo que a Rússia receba uma lição, mesmo conhecendo os riscos... Porque eles aumentarão muito, isso sim, se ela ganhar alguma coisa com esta agressão, o crime internacional supremo.

E não me convenço nada que Putin e a sua camarilha (sobretudo esta) estejam dispostos a trocar as amantes, as mansões pirosas e os iates para acabarem os seus dias a sufocar ou a morrer de envenenamento radioativo num bunker, sacrificando-se pela Santa Rússia. O fanatismo exige algum ascetismo e o luxo é coisa de que eles já fizeram prova que não dispensam...

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