Sua Santidade o Dalai-Lama

Anda aí uma chinfrineira dos diabos nos jornais, televisões e redes sociais por causa do comportamento impróprio do 14.º Dalai-lama que, contrariamente ao seu desejo, não foi substituído como chefe de Estado e líder espiritual do Tibete, em 2011, por não terem os seus ministros, outros lamas, encontrado alguém suficientemente digno para o substituir.

O desmiolado e decadente líder religioso pediu a uma criança que lhe chupasse a língua. Indignaram-se os compadres incapazes de denunciarem a pedofilia islâmica, fingindo que ignoram que Maomé casou com uma menina de 6 anos, casamento que consumou quando a vítima tinha 9 anos, idade que serve de referência aos apetites de sexagenários devassos seguidores do misericordioso profeta.

Ele andou por aí, vestido de monge, chefe de Estado no exílio, líder espiritual lá dentro, a ser homenageado cá fora, já não sei contra quem, como referência espiritual de uma ideologia tão anacrónica como as crenças que perpetuam arcaísmos ideológicos da Idade do Bronze.

Esta Santidade não é profeta de uma religião, é guru de uma coisa aparentada que estes ocidentais, esquecidos da referência do Iluminismo, guindaram a iluminado defensor da paz. Na Europa seria um execrável teocrata, no mítico Oriente, como se cada ponto do Planeta não tivesse leste e oeste, é a referência de uma transcendente espiritualidade que substitui a ideia do deus abraâmico.

Ainda há pouco tempo seria ostracizado quem duvidasse da sua bondade, hoje todos os que exigiam respeito ao ancião, amigo da paz, o repudiam.       

A alegada espiritualidade é um mero instrumento da geoestratégia. O esoterismo budista não é alternativo à civilização europeia que ora costuma designar-se decadente por não se rever na liturgia das crenças. Não há crentes maus, há crenças com odor a ranço.

O Dalai-Lama não é símbolo da paz, majestade ou santidade, é apenas um velho senil que os fregueses se habituaram a respeitar e que se desacreditou aos olhos vesgos dos que o usaram para fingirem que no despojamento do monge dentro da túnica estava a salvação do capitalismo que andou a exibi-lo.

O Tibete não é o paraíso imaginado pelo escritor inglês James Hilton, o Shangri-la para que os países capitalistas remetiam com a exibição mediática do último Dalai-Lama.

O insólito pedido do monge a uma criança repugnada é uma metáfora dos ídolos que os países capitalistas criam.


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