A entrevista de um sindicalista da PSP
Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional da Polícia e presença habitual nas manifestações de polícias junto à escadaria do Parlamento, onde exibiram caixões, deu ontem uma longa entrevista ao jornal Público.
Não me surpreenderam as ameaças veladas à segurança das pessoas e do próximo ato eleitoral, que cabe à PSP garantir, o que me surpreendeu foi a reivindicação do subsídio a um governo de gestão; e a justificação: por ter sido atribuído a outra força policial.
Não me parecendo que o governo de gestão a que o PR condenou o País possa negociar a reivindicação, temo que o alvoroço se destine a perturbar a campanha eleitoral que, de todos os lados, parece encaminhar-se para beneficiar o partido fascista.
Surpreendente, sem contestação do jornalista, é a afirmação de que «Ninguém sabia [do aumento do suplemento na Judiciária]. Se calhar, nem o próprio ministro».
Recordo-me de ter visto e ouvido o PR, na sua incontrolável e intolerável ingerência nos assuntos do Governo, quando da promulgação do diploma que atribuiu o subsídio à PJ, «promulgo, mas cabe agora ao Governo olhar para as outras polícias», e em rodapé do canal se lia «O PR promulga, mas avisa», a provocação habitual contra o Governo a que interrompeu o mandato.
Foi, pois, abusivo que o sindicalista dissesse “Os polícias perguntam: Onde é que anda o nosso Presidente da República?”, como se o PR fosse provedor dos sindicatos e não tivesse sido ele a estimular os protestos!
Além de ingrato foi injusto!
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