A Operação Influencer e a demissão do Governo – a minha opinião
O golpe de Estado de 7 de novembro já estava em andamento com o início da “operação influencer” desde a entrada no STJ das suspeitas contra o PM por troca de Costas na transcrição das escutas com que há anos se devassava a legítima ação governamental
O presidente do STJ emitiu a insólita opinião de que a
corrupção tinha chegado ao mais alto nível do Estado no precipitado julgamento
público de um processo que lhe chegara, que o PM desconhecia e de que ainda não
havia acusação.
O PR procurou afastar o ruído mediático do envolvimento na cunha
das gémeas, o que não conseguiu, e debilitar o Governo sem contar com a demissão
a que a exigência ética de António Costa o obrigou. Aquele parágrafo assassino
só para este PR e esta PGR não eram motivos para a demissão, dada a ligeireza
ética de ambos.
Como o País se deu conta da injustiça e leviandade com que o
PR dissolveu pela 3.ª vez a AR, cedo se desenhou nova maioria de esquerda,
embora sem maioria absoluta do PS.
É fácil calcular o desespero do PR, fragilizado na opinião
pública e receoso de ter de dar posse a novo governo do PS com apoio
parlamentar do PCP e BE.
Compreende-se, pois o ativismo do PR como provedor de greves
e manifestações para desestabilizar o regime, mesmo pondo em perigo a
democracia, para manter o poder que o poder mediático lhe consente e a
Constituição lhe nega.
Ao promulgar o diploma que concede à PJ um importante
aumento remuneratório, justo ou não, usou o poder corriqueiro da promulgação
para, no abuso habitual, «avisar» o Governo de que devia conceder igual
benefício às outras forças de segurança.
Foi assim que lançou a agitação policial às canelas do
governo em véspera de este entrar em gestão e com a opinião pública aturdida e
incapaz de escrutinar a justiça das greves.
Como os polícias sabem que não lhes será concedido no
próximo governo, seja qual for, por manifesta incapacidade orçamental e
injustiça para com outros funcionários, há forças que os instrumentalizam para
não pararem a agitação. É a única forma de o PR conseguir reverter as sondagens
que desfavorecem a direita.
Estou convencido de que a direita será poder depois das
eleições e que o partido fascista o integrará. O patrocínio e o poder de
persuasão do PR serão determinantes e nenhum partido de direita quererá ser
responsabilizado por novas eleições.
Os prejuízos para a economia, a democracia e o País são
irrelevantes para o inquilino de Belém, e o narcisismo e desespero
precipitaram-no no abismo em que lançou o País.
A agitação social altera a decisão de voto de quem troca a liberdade pela segurança. É neste contexto que surge a irresponsável declaração do PR que consta do recorte do jornal Público de hoje:
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