As eleições presidenciais de 2026 (2) – #montenegronaomarcelonunca
O tema das eleições presidenciais é o ruído que esconde a incompetência do governo do escrutínio dos eleitores, mas é inevitável, em país tão cansado de Marcelo e de eleições, a ânsia de votar em alguém que não as repita até obter os resultados que deseja.
À direita, é irreversível a candidatura de Gouveia e Melo tecida de camuflado durante a pandemia e laboriosamente preparada a partir da chefia da Marinha. As cumplicidades permitiram-lhe as aspirações. Já depois do golpe do PR/PGR foi à Câmara de Lisboa, convidado por Moedas, assistir ao seu discurso de extrema-direita do 5 de Outubro.
Marques Mendes, apoiado por Montenegro, apesar da indiferença do partido só desistirá se não surgir Passos Coelho a unir a direita, PSD/CDS, e a extrema-direita, IL e Chega. Passos é o lídimo herdeiro do cavaquismo, rude, pouco ilustrado e reacionário.
Marcelo é a antítese de Cavaco, culto, empático e requintado, o que o tornou mais eficaz na perversidade e imaginativo nas conspirações. O eleitorado, saturado dele, deseja agora um perfil oposto: medíocre, reservado e autoritário.
A geometria eleitoral que acabou por surgir face ao cansaço das sucessivas dissoluções da AR excita qualquer candidato de direita que sobreviva à primeira volta. Temo que o mais votado da esquerda não passe à segunda volta e Seguro não é entusiasmante.
Só dois nomes à esquerda garantiriam a vitória à segunda volta e nenhum disponível – António Costa e Guterres. Dos possíveis, António Vitorino, seria o melhor.
Se Vitorino não se disponibilizar, e à esquerda concorrerem dois candidatos do PS, corremos o risco de uma segunda volta entre Gouveia e Melo e Marques Mendes.
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