As eleições presidenciais de 2026 – #montenegronaomarcelonunca
Não penso que a minha opinião interesse a muitos e muito menos que consiga mudar a de quem quer que seja.
Dito isto, o que vier a escrever sobre o tema é a opinião do
social-democrata que sou. E não me demitirei de intervir na política, como faço
desde 1961, fora de partidos, se não considerar como partidária a militância no
MDP/CDE, onde participei ativamente desde 1965 até 25 de abril de 1975. Até
então o MDP/CDE foi uma frente democrática.
É minha opinião que não se ganham eleições presidenciais com
um candidato que não seja apoiado pelo PS, pelo que votarei à segunda volta no
candidato do PS, seja qual for.
Se esta posição pudesse ser acolhida por todos os
social-democratas e democratas à sua esquerda, seria possível, na minha
opinião, vencer o candidato da direita, seja quem for, e contrariar a geometria
eleitoral que resultou das sucessivas dissoluções da AR.
A direita já deu alguns tiros no pé. O primeiro foi o do
único ministro que Montenegro não pode demitir, sob pena de perder o pseudónimo
AD que justifica o Governo. Nuno Melo, uma inexistência política, apesar de
comprometido a apoiar o candidato do PSD, sonhou usar o almirante de camuflado
na ressurreição do CDS. E criou um problema.
Até à clarificação não deixarei de mostrar as minhas
simpatias e antipatias, e não serei demasiado cáustico para quem, na área do
PS, me desagradar particularmente.
Assim, fiel ao meu ideário, posso desde já dizer que, mesmo
entre os meus adversários, nunca me absterei. Se restassem apenas dois votaria em
Moedas em vez do almirante, Marques Mendes em vez de Moedas e sempre contra
Passos Coelho por não imaginar que este e a sua cria Ventura pudessem ser os
únicos a disputar a segunda volta.
Espero que não haja opções que me obriguem a tapar o nariz.
A única coisa boa é saber que não teremos um PR pior do que
Marcelo que, ainda agora, anda a atentar contra a democracia e a querer dissuadir
o almirante de concorrer.
Apostila – A razão do voto contra Gouveia e Melo não é por
ser militar, é por ter feito política como militar e tratado assuntos militares
num bar e ter feito política fardado.
Apostia 2 – O facto do almirante fazer declarações políticas
como militar não o denigre apenas a ele, envergonha o PR e o imbecil ministro
Melo, que na cobardia do primeiro e desadequação ao cargo do segundo, suscitam nojo
por não o terem demitido.
Comentários