Divagando 32
Enquanto o ministro Paulo Rangel afirma o seu desprezo pela flotilha pró-Palestina e o heroico ministro Nuno Melo se prepara para gerir 5% do PIB português para derrotar a Rússia e conquistar Olivença, a Espanha envia o Navio de Ação Marítima (BAM) Furor e, pasme-se, a Itália da Sr.ª Meloni as fragatas, Virgilio Fasan e Alpino, para proteção e possível socorro da flotilha humanitária que leva três portugueses, a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
Enquanto drones
de origem desconhecida causam estragos nas embarcações da flotilha humanitária,
drones russos sobrevoam desarmados o Palácio do Governo de Varsóvia ou nos céus
da Gronelândia, cobiçada por Trump, para irritar a UE.
Na ONU,
graças à perseverança da Senhora Von der Leyen, Trump prometeu vender as armas que
a UE quiser pagar até a Ucrânia reconquistar os territórios ocupados e outros,
depois de culpar a inoperância da ONU, onde as escadas rolantes param e o teleponto
falha, e que fracassou a pôr fim às guerras que ele foi obrigado a resolver em
sete países, dois dos quais de que pareceu não saber os nomes.
Ainda na
ONU, enquanto o secretário-geral e vários países europeus insistem na defesa do
multilateralismo, das leis internacionais e do combate às alterações
climáticas, já se ouviram as vozes que consideram tais ideias obsoletas e que o
importante são as armas.
Foi uma
felicidade para o mundo a recidiva do Dr. Trump na presidência dos EUA. Não é
apenas o líder do mundo livre que tem na senhora Von der Leyen a chefe civil da
UE e no devotado Mark Rute o capataz militar da Nato, a primeira para lhe
comprar o gás de xisto e não permitir outro e o segundo para distribuir as
melhores armas do mundo.
Enquanto na
UE a França tem o governo sólido e a saúde financeira à espera do FMI, a
Alemanha prospera e a Itália tem uma dívida insignificante, todos os seus
países têm um futuro risonho, sem problemas sociais, com excesso de habitação, médicos
e empregos qualificados e apenas falta de armas americanas,
nos EUA governa o
confiável PR, grande gestor de imobiliário e de política internacional, ora dedicado
à área a Saúde onde já se celebrizara no primeiro mandato, quando preferiu a
cloroquina às vacinas, excelente decisão para a economia com a rarefação de
velhos, um ativo tóxico, como a senhora Cristine Lagarde os definiu e um secretário
de Estado do PSD, em Portugal, sofisticadamente designou por peste grisalha.
Agora o Dr.
Donald Trump, preocupado com o autismo, veio alertar para o risco do uso de
Paracetamol na gravidez, desaconselhando o seu uso. Está em vias de anunciar
uma vacina contra o autismo, embora não acredite em vacinas, e se a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o RU afirmam
que são inconsistentes as evidências do Paracetamol no aparecimento do autismo,
tanto pior. Era só o que faltava, essas agências reivindicarem autoridade sem
se terem submetido ao sufrágio dos eleitores americanos!
A FDA
(Food and Drug Administration), a agência do governo dos EUA responsável pela
proteção e promoção da saúde pública, que se cuide! Não foi eleita, merece uma
comissão administrativa nomeada pelo Trump, que foi sufragado para tudo.
P. S. – Caros leitores, não sei se faz sentido o que escrevi. Desculpem-me. Foi copioso o almoço e capitosa a bebida.
Imagem – O
Dr. Trump no meu televisor a fustigar o Paracetamol com o mesmo denodo com que apoia
Netanyahu a investir contra os palestinianos.

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