Eleições presidenciais
Rui Moreira desistiu ontem da candidatura a PR. Seria, na minha opinião, o mais bem colocado para vencer as eleições, por razões que então aduzi, fazer praticamente o pleno dos eleitores da IL e Chega, sem perder a imagem de centrista que atrairia muitos outros nesta área, agora já esquecida da passagem do jovem Rui Moreira pelo MDLP.
A sua desistência
da candidatura não pode deixar de significar que André Ventura vai avançar,
apesar de ainda ontem reiterar que não a desejava. Ventura vai concorrer para
continuar a dinâmica de crescimento, e nenhum outro, do Chega. o conseguiria.
Aqui chegados,
temos o almirante que nos incêndios disse o que os eleitores gostariam, Marques
Mendes e António José Seguro, que se digladiam para a segunda volta, e, a
partir de hoje, Ventura. Não devo enganar-me. Vai mesmo avançar.
Ventura
tem probabilidades de ser o mais votado na primeira volta e será quase certo na
segunda. Não será PR, mas manterá a dinâmica de crescimento que o golpe de
Marcelo e Lucília Gago, primeiro, e, depois, as sucessivas dissoluções da AR
aceleraram.
Com um
excelente e honrado candidato do PCP, António Filipe, e a mediática Catarina Martins do BE na
corrida, falta o Livre, que não pode votar em qualquer deles por razões
ideológicas e de identidade.
É, pois,
minha convicção que o Livre apresentará a deputada Patrícia Gonçalves, a sua
melhor escolha, se Rui Tavares não avançar, talvez a melhor em qualquer
circunstância.
Patrícia
Gonçalves não, é por enquanto, uma figura mediática, mas a sua inteligência, cultura
e coerência ideológica, aliada à sua simpatia, será a melhor escolha do Livre e
uma agradável surpresa.
Investigadora
(Física de Partículas) e Professora Universitária, a simpática deputada do
Livre, por Lisboa, vai retirar a Catarina Martins o exclusivo da candidatura
feminina.
Apostila: A Joana Amaral Dias, na sua degradação ética, eventualmente candidata de um grupo evangélico de extrema-direita, não entra nas contas da primeira volta.

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