Equinócio de outono/2025 – Metáfora

O ar fresco não nos alivia do sufoco, da falta de esperança que nos liberte do pesadelo. E não há luz que nos ilumine o caminho de saída do negro dédalo onde nos enredámos!

Ignoramos como chegámos aqui e não vemos como sair do buraco negro. Será o castigo da nossa incúria ou o delírio de D. Sebastião, doente e fanatizado pelo clérigo que dele abusava?

Estamos de joelhos à espera de Alcácer Quibir, a batalha perdida, onde morreremos sem glória, ou empunhamos a lança para derrubar os solípedes que nos escoiceiam enquanto relincham de gozo? Só sei que ninguém me arrastará para o desastre de batalhas que não quero travar e que não participarei nas hostes de perigosos lunáticos.

Escolho ser um Sancho Pança que segue qualquer D. Quixote, por onde quer que ele me leve, sabendo que perdeu a razão e o tino, mas recuso que faça de mim Rocinante quem abana a crina no estábulo do poder e é mais louco do que o cavaleiro da triste figura.


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