CIMEIRA DA UE (Bruxelas, 09.12.2011): da ausência de unanimidade à proximidade da catástrofe…
“…Considerando a ausência de unanimidade entre os Estados Membros da UE, decidiram adoptá-las através de um acordo internacional a ser assinado em março ou em data anterior. O objectivo continua a ser o incorporar das disposições acordadas nos Tratados da União, o mais rapidamente possível. Os Chefes de Estado ou de Governo da Bulgária, República Checa, Dinamarca, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Suécia indicaram a possibilidade de participar neste processo após consulta dos seus parlamentos, quando necessário… “ link
Termina, deste modo, o comunicado final da Cimeira do Conselho Europeu da UE (Bruxelas, 9.12.2011) sobre o preocupante problema (mas não o único e porventura não central) da "fiscal stability union".
Ao longo dos 16 itens (do comunicado) abordam-se 2 questões fundamentais:
1) uma arquitectura para uma união económica e monetária;
2) o reforço dos "instrumentos de estabilização".
Este acordo intergovernamental está cheio de fragilidades. Primeiro, pela sua natureza intergovernamental, depois pela “ausência de unanimidade” que não se resume exclusivamente à Grã-Bretanha, como se deduz da leitura do comunicado final.
Dificilmente qualquer europeísta convicto aceita que esta cimeira tenha aberto caminhos para uma solução dos profundos problemas que afectam a União Europeia. Muito mais duvidoso será ainda considerar este acordo como uma solução. Aliás, a marca desta cimeira, para o futuro, será a consciência de um insanável diferendo entre os 27 membros, com o público “sacrifício” da Grã-Bretanha.
Continuam (os dirigentes europeus) a ignorar os grandes problemas, isto é, as questões políticas. Por outro lado, sob a batuta da Srª. Merkel (e do seu apêndice Sr. Sarkozy), continuam a ser privilegiados os “instrumentos” (monetários e financeiros) em detrimento das questões políticas (da “União”). Todos sabemos que por este "caminho", por mais "regras de ouro" que se criem, não chegaremos a bom porto.
Desta cimeira exala um intenso odor paliativo. Ninguém, em boa verdade, acredita que “os mercados” se deixem impressionar pelas medidas adoptadas.
Este acordo intergovernamental está cheio de fragilidades. Primeiro, pela sua natureza intergovernamental, depois pela “ausência de unanimidade” que não se resume exclusivamente à Grã-Bretanha, como se deduz da leitura do comunicado final.
Dificilmente qualquer europeísta convicto aceita que esta cimeira tenha aberto caminhos para uma solução dos profundos problemas que afectam a União Europeia. Muito mais duvidoso será ainda considerar este acordo como uma solução. Aliás, a marca desta cimeira, para o futuro, será a consciência de um insanável diferendo entre os 27 membros, com o público “sacrifício” da Grã-Bretanha.
Continuam (os dirigentes europeus) a ignorar os grandes problemas, isto é, as questões políticas. Por outro lado, sob a batuta da Srª. Merkel (e do seu apêndice Sr. Sarkozy), continuam a ser privilegiados os “instrumentos” (monetários e financeiros) em detrimento das questões políticas (da “União”). Todos sabemos que por este "caminho", por mais "regras de ouro" que se criem, não chegaremos a bom porto.
Desta cimeira exala um intenso odor paliativo. Ninguém, em boa verdade, acredita que “os mercados” se deixem impressionar pelas medidas adoptadas.
Creio, aliás, que, antes do fim do ano, os membros da UE vão sentir a necessidade de voltar a reunir, de emergência.
Comentários
à greve, mas devem ter um mínimo de bom senso e respeito pelos outros cidadãos e pelo interesse nacional.