TAP / FERNANDO PINTO: excessos…
Greve dos pilotos é "excesso do nosso sistema sindical" …
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Independentemente da justeza, ou não, das greves convocadas pelo sindicato dos pilotos da aviação civil as declarações do presidente da TAP são manifestamente infelizes,aproximando-se do banal dislate.
Fernando Pinto é um gestor de uma empresa pública (por enquanto). Passando ao lado de, para além de gestor, ser um dos "marajás" em termos de remuneração que colonizam o sector público empresarial [ link ], tal privilégio retributivo não lhe confere direitos nem autoridade especial para criticar o quadro jurídico-constitucional instituído que, como sabemos, consagra e regula o direito à greve.
As suas funções ficam muito aquém disso. O que se pede é que administre a empresa pública com eficiência. Tudo o que extravase esse campo é excessivo. Com certeza que Fernando Pinto depois das suas descabidas afirmações, com a evolução dos acontecimentos, isto é, depois das negociações entre os representantes sindicais e a tutela, que conduziram à suspensão (parcial) da greve [ link ], deve sentir-se ultrapassado pelos acontecimentos.
Na verdade, é de esperar que quando, vindo da Varig, assumiu funções na TAP tivesse o mínimo conhecimento prévio do enquadramento laboral da empresa.
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Independentemente da justeza, ou não, das greves convocadas pelo sindicato dos pilotos da aviação civil as declarações do presidente da TAP são manifestamente infelizes,aproximando-se do banal dislate.
Fernando Pinto é um gestor de uma empresa pública (por enquanto). Passando ao lado de, para além de gestor, ser um dos "marajás" em termos de remuneração que colonizam o sector público empresarial [ link ], tal privilégio retributivo não lhe confere direitos nem autoridade especial para criticar o quadro jurídico-constitucional instituído que, como sabemos, consagra e regula o direito à greve.
As suas funções ficam muito aquém disso. O que se pede é que administre a empresa pública com eficiência. Tudo o que extravase esse campo é excessivo. Com certeza que Fernando Pinto depois das suas descabidas afirmações, com a evolução dos acontecimentos, isto é, depois das negociações entre os representantes sindicais e a tutela, que conduziram à suspensão (parcial) da greve [ link ], deve sentir-se ultrapassado pelos acontecimentos.
Na verdade, é de esperar que quando, vindo da Varig, assumiu funções na TAP tivesse o mínimo conhecimento prévio do enquadramento laboral da empresa.
Ao surgirem problemas com a gestão dos recursos humanos (naturais em qualquer empresa) não pode, enquanto director executivo de uma empresa pública (são essas as suas funções) atirar-se à legislação laboral reclamando que a mesma seja feita à medida das suas concepções administrativas, de gestão ou dos interesses momentâneos (da empresa).
De facto, a TAP integra algo mais vasto, sendo uma das peças importantes da política nacional de transportes que está, neste momento, a sofrer profundas remodelações. Para isso, existe um departamento governamental, com responsabilidade política, que coordena a estratégia das comunicações e transportes nacionais. E quanto aos direitos constitucionais não podem ser as empresas a modelar o modelo económico e social mas, exactamente, o inverso.
O Engº. Fernando Pinto, enquanto cidadão, tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Enquanto administrador da TAP (e terá sido nessa condição que se exprimiu) deve preservar todos os instrumentos de gestão, entre eles, a capacidade de diálogo com os trabalhadores da empresa. Ao afastar-se desta rota comprometeu (como se viu) a sua liderança (empresarial).
De facto, a TAP integra algo mais vasto, sendo uma das peças importantes da política nacional de transportes que está, neste momento, a sofrer profundas remodelações. Para isso, existe um departamento governamental, com responsabilidade política, que coordena a estratégia das comunicações e transportes nacionais. E quanto aos direitos constitucionais não podem ser as empresas a modelar o modelo económico e social mas, exactamente, o inverso.
O Engº. Fernando Pinto, enquanto cidadão, tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Enquanto administrador da TAP (e terá sido nessa condição que se exprimiu) deve preservar todos os instrumentos de gestão, entre eles, a capacidade de diálogo com os trabalhadores da empresa. Ao afastar-se desta rota comprometeu (como se viu) a sua liderança (empresarial).
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