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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Devemos olhar para esse montante (ao redor dos 600€) com sentido crítico e manifestar profunda repulsa por esta miopia política.
De acordo com a confessa intenção de empobrecer o País esse deverá ser o tecto mítico (salarial, pensões e aposentações) a partir do qual - para efeitos fiscais e sociais - o Governo delimita a fronteira entre ricos e pobres.
Uma linha divisória - para a "populaça" - que na sequência dos lancinantes apelos à austeridade (dita necessária) e a par de medidas recessivas e desregulação do mercado de trabalho, em nome da produtividade, competitividade e desenvolvimento, não pode deixar de preocupar e frustrar (profundamente) os portugueses. Isto é, criar riqueza a todo o vapor (aumento da carga horária, eliminação de "férias", cortes sociais escandalosos - o "exemplo citado", etc.) e assobiar para o lado quando se trata da redistribuição da riqueza?
Passará pela fasquia dos 600's o nivelamento (por baixo) económico-social.
Finalmente a pergunta necessária: serão estas as ocultas ambições desta camarilha neo-liberal que nos governa?