A crise arrasta para fora das bancas o jornal PÚBLICO (espanhol)….
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Um jornal com uma linha editorial social democrata que desaparece das bancas dos quiosques (continuará na versão digital) vitima de vários erros mas a que não é indiferente a crise financeira espanhola nomeadamente uma abrupta queda de investimentos publicitários e a diminuição da tiragem diária (87.000 exemplares diários).
Trata-se, também, de mais um curto episódio sobre a controvérsia do papel da Internet na divulgação da informação e sobre eventuais efeitos colaterais na imprensa (escrita).
Mas o desaparecimento do PÚBLICO – apesar de só ter estado nas bancas durante 4 anos - cria um espaço vazio na imprensa espanhola num momento particular. Quando os direitos sociais estão a ser duramente atacados pelo Governo de Rajoy.
Trata-se da morte de um periódico jovem. O que torna o inevitável (financeiramente) acontecimento ainda mais doloroso. Um órgão promissor que sempre se mostrou empenhado em cultivar a liberdade de expressão, promover o debate político e trabalhar por uma informação rigorosa, clara e independente (do poder político e económico).
Espanha está confrontada com graves dificuldades económicas, financeiras e sociais como afirmam em comunicado os trabalhadores deste jornal link. A partir de hoje viverá também mais empobrecida no largo espectro onde se digladia – todos os dias – a liberdade de expressão face às manipulações, à mentira, à corrupção e a todo o tipo de abusos que empestam a democracia.
A crise "sistémica" que por aí se desenvolve e assenta arraiais atinge duramente a Imprensa. Segundo a FAPE (Federação das Associações de Jornalistas de Espanha) o sector dos media perdeu cerca de 5000 postos de trabalho desde Novembro de 2008.
Esta crise não está circunscrita a Espanha. Em breve, teremos novidades por cá…
Comentários
de resto o jornalismo já foi chão
agora o pessoal quer é bloguismo
dá mais câncer e cataratas
agora demorar anos a lamber a tinta pra ter um?
assim é mais rápido
Por enquanto continua a dispôr da versão digital para poder continuar a destilar pesporrências...
E, deste modo, pode continuar a cultivar os mecanismos de indução de patologias degenerativas que - num quadro de avant-garde - atribui às novas versões tecnológicas.
Difícil será - como sugere o nick name - resolver, com os mecanismos da "fé", o problema da seca extrema.
Nem a questão da filiação sindical o socorre já que não foi anunciado qualquer pré-aviso de greve... e, caso fosse, já teriam sido ordenados serviços mínimos susceptíveis de inundar o País.
Sugeria que recuasse aos tempos tribais e deitasse mãos aos "sacrifícios" (nessa altura as filiações não contavam).
Podia, por exemplo, começar pelos animais com "cristas"...ou pelos que dão "passos"... nas "relvas".
Talvez comovesse o anti-ciclone que assentou arraiais nos Açores...a libertar chuva.