Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
o governo não são mil e tal cabecilhas políticos
o governo são 800 mil trabalhadores
que asseguram aos restantes 9 milhões que estão fora da máquina púbica
um nível de vida assaz reduzido
e o paraquato e o paratião serviam para matar a fome no Alentejo
(ao hospital de évora chegavam 3 tentativas por semana e ia-se um com sucesso depois de três ou 4 semanas de internamento assim tinha sido por causas naturais
(os registos tão lá valha-nos S.João Rodrigues o padroeiro do sulfato d'alumínio...(o médico escritor que foi condenado por matar uma batelada de hemodialisados
(nesses bons tempos cada um custava apenas 120 contos mensais
por ajuste directo...
mas nem chegou ainda a mais ou menos mal
há tanto pombo gordinho
pombinho com arroz
ou gato à caçador uma delícia
(em grândola serviam muito, depois veio a concorrência dos chinocas...
ou em notas de 500 contos?