O Congresso dos Magistrados e os apoios bancários
O congresso dos magistrados do Ministério Público terminou ao fim de quatro dias no Algarve. Várias empresas, cinco bancos e uma seguradora ajudaram a pagar o evento que juntou 400 congressistas e convidados num hotel, em Vilamoura. Apesar do apoio financeiro, a organização garante que eventuais investigações não serão condicionadas por estes patrocínios.
Pessoas de má fé poderão pensar que os desinteressados apoios concedidos por bancos e uma companhia de seguros se devem ao medo das empresas financeiras aos ataques do Sr. Palma, conhecendo a sanha com que este combateu o seu PGR, o primeiro-ministro Sócrates e a própria AR.
Como todos sabemos, o capital financeiro está ao serviço da ética e da transparência e o congresso não teve lugar num offshore. O sindicato só quer a independência da Justiça e a perseguição aos políticos desonestos dos partidos que considera nocivos à democracia.
Um congresso do SMMP devia ter sido patrocinado pelo atual governo que deve ao seu corajoso presidente, que ora cessou funções, o desgaste que o PSD e o CDS não sabiam fazer.
Como muito bem disse à agência Lusa o Sr. João Palma, antes do 9.º congresso subordinado ao tema “justiça, cidadania e desenvolvimento": “Há margens de impunidade muito grandes na sociedade portuguesa e que não estão a ser investigadas, nem combatidas (…).
Para já, é importante saber quais foram os lucrativos bancos, que montantes esportularam e como souberam do congresso que patrocinaram.
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