Estado de reemergência


A prorrogação do estado emergência é uma brutal interrupção dos Direitos, Liberdades e Garantias que não pode deixar de arrepiar quem viveu em ditadura e sentiu a violência fascista. 

Hoje, nem uma manifestação, como aquelas em que participei contra a guerra colonial, seria possível contra as medidas decretadas, tal o medo, não dos bufos, mas do vírus assassino que anda à solta.

Nestes tempos de medo e incerteza, conforta-me que a Constituição não seja suspensa, como fez Viktor Orbán, na Hungria, que as medidas sejam tomadas com autorização da AR e que, em vez de Passos Coelho e Cavaco, tenhamos António Costa e Marcelo, para saber a democracia sem perigo, ainda que um título canalha de um artigo do Público anuncie: 

«CORONAVÍRUS 

Costa proíbe a Páscoa e fecha aeroportos.»

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