Coimbra – As eleições autárquicas e a coligação de A a Y
A coligação de direita (PSD, Somos Coimbra, CDS, Nós cidadãos, PPM, Aliança, RIR e Volt) reúne mais partidos do que o número de eleitores de alguns deles. Só lhe falta o que corre sozinho, para a viagem de circunavegação à volta da direita. “Juntos Somos Coimbra”, pseudónimo do PSD, vai só de A a Y. Falta-lhe o fascista puro sangue para ir de A a Z.
O líder desta amálgama partidária, que o PSD enxotou nas
últimas eleições e saiu para liderar um aglomerado de respeitáveis académicos
conservadores, regressou a correr ao seio do partido de onde fugira por
obsessiva vocação autárquica.
Segundo a imprensa, o primeiro líder nacional a promover o
recandidato municipal, que a direita considera o seu maior trunfo, foi o
popular presidente do RIR, na Feira dos 23.
O panfleto promocional é apresentado pelo mandatário da
candidatura, Paulo Mota Pinto: «Juntos Somos Coimbra é a maior, a mais ampla,
coligação eleitoral que jamais concorreu às eleições autárquicas em Coimbra”
[sic]. A densidade do pensamento e do mandatário contrasta com a leveza da
prosa. É de crer que, onde se lê ‘jamais’, quisesse dizer ‘alguma vez’, exatamente
o contrário, mas é pior a prosa do candidato, que ocupa toda o verso do folheto
e, em vez de um período, tem quinze.
Só as promessas, da ecologia à industrialização, do aumento demográfico aos empregos para todos, são o paraíso ao alcance dos eleitores para evitarem “a continuidade da atual maioria PS-PCP/CDU”.
Comentários