O almirante Gouveia e Melo e a Covid-19
A notável gestão do complexo processo de vacinação deve ao almirante Gouveia e Melo a eficácia que a sua competência e dedicação lhe imprimiram. Deve-lhe ainda a certeira e implacável afronta aos negacionistas quando enfrentou arruaceiros que, à semelhança de outros países, o insultaram. Foi oportuno a retribuir o epíteto de assassinos aos que, por mimetismo exógeno, contestam a vital importância da vacinação.
O almirante Gouveia e Melo revelou ser a pessoa certa no
lugar certo, completando uma equipa notável onde seria ingratidão esquecer a
ministra Marta Temido e a d.g.s Graça Freitas.
Todos os encómios são devidos a esta equipa de exceção na
gestão da pandemia, a que é justo acrescentar a ação pedagógica do virologista
António Siva Graça na RTP-1.
Dito isto, mera tautologia, não pode passar despercebida a
campanha insidiosa que, ao arrepio do almirante Gouveia e Melo,
sub-repticiamente o usa como arma de arremesso contra os partidos e o insinua
para substituir Marcelo no fim do mandato.
A direita, receosa de não conseguir uma personalidade
credível, mesmo com a ajuda do PR, é indiferente com o pensamento político, que
ignora, deste oficial general no ativo, agora em missão civil. Só lhe interessa
o poder de que as lutas internas e o aparecimento do partido fascista a parecem
afastar, independentemente dos danos que tão desejado caudilhismo pudesse
causar.
Esta direita desesperada, à falta de um projeto galvanizador, usa a hegemonia que tem nos média para fragilizar a democracia. É preciso estar atento.
Apostila – Na Marinha os oficiais subalternos são tratados por “tenentes”, os superiores por “comandantes” e os generais por “almirantes”, salvo a eventual exceção de “comodoro”. O tratamento por contra-almirante ou vice-almirante não faz sentido.
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