Perplexidades, na minha página no Facebook
1 – Pedidos de amizade – Não sei o que levará umas jovens semidespidas, em atitudes de manifesto assédio sexual e com ostensivos convites, a solicitarem a minha amizade; o que levará pessoas, aparentemente normais, a fazê-lo, tendo como única referência fotos do/as próprio/as para partilhar; o que motivará oficiais da Nato, dos dois sexos, muito medalhados; o que pretendem islamitas que escrevem árabe e cuja tradução disponível se limitam a dizer que Alá é grande e misericordioso o seu profeta!
2 – Quando começou a guerra da Ucrânia já sabia que a
verdade seria a primeira vítima, só não sabia que a liberdade seria fortemente
restringida pelo lado cujos valores partilho e que se comporta como o outro
lado.
3 – Que raio de algoritmo conseguiu, durante dias, apresentar-me,
sempre que abri o FB no telemóvel, o texto de um excelente amigo que insulta
Putin a roçar a obscenidade, e a omitir os magníficos textos que escreve no
campo da cultura, da história e da literatura?
4 – Nos tempos que correm, quando a histeria, o facciosismo e
a irracionalidade fazem perder a objetividade e radicalizam as posições de quem
abdica da razão para dar vazão às emoções, espero que este mural, bem frequentado,
continue a acolher os argumentos e as posições antagónicas com um módico de
urbanidade e esforço para compreender os outros.
5 – Prefiro renunciar ao espaço nesta rede social do que tornar-me
censor. Todo/as serão bem-vindo/as. A intolerância não é apanágio de quem tem
razão, é de quem a não tem e teme ser confrontado com razões diferentes.
Como livre-pensador admito sempre que os que pensam
diferente são os que podem ter razão. Não há verdades absolutas.
No meio de uma tormenta, com a peste, a guerra e o
sofrimento de dezenas de milhões de refugiados por todo o mundo, grassa a
indiferença perante o aquecimento global e o futuro da Humanidade, com emoções seletivas
conduzidas por um qualquer algoritmo.
Quando os apelos à Paz são confundidos com opções
ideológicas facciosas, tal como Unamuno, invetivando o general fascista
mutilado, José Millán-Astray, gritarei sempre: Viva a Paz! E continuarei a
defender os valores da Revolução Francesa:
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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